Resumo: Este
artigo aborda a questão do estilo de vida dos redimidos após a
ressurreição. Ao longo da história têm surgido ensinos divergentes a
respeito deste tema. Enquanto alguns mantêm o ensino de Cristo de que os
salvos, semelhantemente aos anjos, não se casarão nem serão dados
em casamento, outros defendem que serão realizados casamentos, haverá
relações sexuais, inclusive geração de crianças na nova terra. Depois
de uma breve amostragem das crenças alusivas ao tema, é apresentado um
estudo no qual o autor procura demonstrar que de fato não haverá
casamentos na vida por vir. Além das evidências bíblicas, o autor
utiliza informações adicionais do Espírito de Profecia para substanciar o
ensino de Cristo.
Introdução
A esperança cristã de “novos céus e nova
terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3:13)1 abrange diversas
expectativas, tais como: felicidade plena
, saúde total, vida eterna,
especialmente companheirismo pessoal com Deus. Ao longo dos anos têm
surgido pessoas anunciando um “algo mais”, como casamento e procriação
entre os salvos, após a segunda vinda de Jesus Cristo. É propósito deste
estudo abordar brevemente alguns ensinos referentes ao tema e
empreender uma análise do texto bíblico que trata da condição dos salvos
após a ressurreição.Diversas Crenças Sobre a Vida Pós-Ressurreição
O primeiro ponto de vista a ser abordado é
o dos saduceus que “declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem
espírito”; o segundo é o dos fariseus que “admitem todas essas
coisas” (At 23:8). Os fariseus também acreditavam que na vida
pós-ressurreição o corpo continuaria a exercer as funções conjugais tal
como os maometanos o fazem atualmente.2 Em parte, parece que os fariseus
compartilhavam a crença registrada no livro apócrifo Apocalipse de
Baruque, que se presume, foi escrito em torno de 100 AD 3: “Pois a terra
certamente devolverá os mortos neste tempo; ela os recebe agora a fim
de preservá-los, sem mudar nada em sua forma. Do modo como ela os
recebeu assim os devolverá. E assim como eu os entreguei assim eu os
ressuscitarei”.4
A revelação de Jesus diferia tanto da
crença dos fariseus quanto da incredulidade dos saduceus no que se
referia à vida pós-ressurreição, pois, conforme Ele declarou, “na
ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os
anjos no céu” (Mt 22:30). De um modo geral, os pais da igreja
interpretaram as palavras de Cristo semelhantemente, isto é, que após a
ressurreição não haveria mais casamento, conseqüentemente, não haveria
mais vida sexual nem procriação.5 Esta é a interpretação da Igreja
Católica, bem representada por Tomás de Aquino que afirmou “o matrimônio
não subsiste além do tempo desta vida, em que foi contraído”,6 uma
posição que ainda é mantida no catecismo católico, “o Matrimônio é uma
realidade da figura deste mundo que passa”.7
A bem da verdade é relevante que se
destaque que o dualismo grego (corpo-espírito) influenciou diretamente
na concepção cristã de diversas crenças, inclusive na da vida
pósressurreição. Sob certo aspecto, é através do corpo que as pessoas se
relacionam com o mundo, isto é com a família, procriação, vida
econômica e política. Por outro lado, o espírito relaciona-se com
a religião, a comunidade de crentes, e por fim com Deus, que é espírito.
A ênfase sobre o espírito aliena o cristão da presente ordem de
coisas.8 Esta concepção dualista forneceu os pressupostos para a crença
na qual o sexo e a procriação se originaram como conseqüência do pecado
de Adão. Isto é
exemplificado pelo livro apócrifo de Baruque:
exemplificado pelo livro apócrifo de Baruque:
E como tu vistes, as águas negras no topo
das nuvens que a princípio vieram sobre a terra; esta é a transgressão
que Adão, o primeiro homem, cometeu. Pois quando ele transgrediu, a
morte inoportuna passou a existir, passou a se ouvir de murmuração,
aflição, e a doença surgiram, o trabalho se efetivou, o orgulho veio à
existência, o reino da morte começou a pedir para ser renovado com
sangue, iniciou-se a concepção de filhos, brotou a paixão dos pais, a
altivez do homem foi humilhada e a bondade foi banida.9
A perspectiva negativista em relação ao
sexo, por depender do corpo para se expressar, forjou a crença de que o
casamento era um remédio para a morte.10 Como conseqüência, o ensino de
Jesus de que na vida pós-ressurreição não haverá casamento (Mt 22:30)
juntamente com Sua declaração de que alguns cristãos “a si mesmos se
fizeram eunucos, por causa do reino dos céus” (Mt 19:12) parecia colocar
o celibato acima da condição matrimonial já nesta vida.
A dicotomia corpo-espírito também pode
ser vista no livro apócrifo de 1 Enoque, possivelmente escrito entre o
terceiro e o segundo século AC.11 Nesta obra os anjos são descritos como
seres espirituais, imortais e celibatários: “Na verdade, tu [anjo]
inicialmente eras espiritual (tendo) vida eterna, e imortal em todas as
gerações do mundo. Foi por isto (inicialmente) que eu não criei esposas
para ti, pois a habitação dos seres espirituais do céu é o céu”.12 Como
decorrência desta crença, e visto que a morte não tem poder sobre os
anjos, estes desconhecem a necessidade de casamento, ou seja, o fato de
serem imortais isenta-os da necessidade de se casarem e procriarem.13
A dicotomia corpo-espírito substanciou a
exaltação do estado virginal acima do matrimonial.14 Além do mais, o
celibato dos cristãos passou a ser visto como uma antecipação
no presente da vida pós-ressurreição, semelhante a dos anjos: “Aquilo
que seremos, vós já tendes começado a ser. Vós já possuís neste mundo a
glória da ressurreição. Vós passais pelo mundo sem o contágio do mundo;
pois continuais castos e virgens, por isto sois iguais aos anjos de
Deus”. 15
Continuando a exposição das crenças sobre
a vida pós-ressurreição, menciona-se a Igreja Luterana do Sínodo de
Missouri que seguiu a mesma linha tradicional de interpretação cristã,
pois diz, o “casamento faz parte da ordem da criação e constitui umas
das estruturas do presente. Na era por vir, tais estruturas não serão
mais necessárias e cessarão”.16 Igualmente, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia mantém a explanação conservadora ao declarar que “não
haverá necessidade de
casamento, porque prevalecerá uma ordem diferente de vida”,17 crença que também é compartilhada pela Igreja Batista.18
casamento, porque prevalecerá uma ordem diferente de vida”,17 crença que também é compartilhada pela Igreja Batista.18
Após esta breve abordagem sobre a crença
comum de que na vida pós-ressurreição não haverá casamento, relações
sexuais e procriação, analisar-se-á alguns pontos de vistas
divergentes. Por exemplo, a The New Church ensina que “o verdadeiro
casamento perdurará por toda a
eternidade” e que os anjos existem como homem e mulher “em cada detalhe” e “todos são felizes, são casados e muito românticos”.19 A The New Church segue os ensinos de Emanuel Swedenborg, um cientista sueco, professor religioso e místico, que nasceu em 1688 e morreu em 1772.20
eternidade” e que os anjos existem como homem e mulher “em cada detalhe” e “todos são felizes, são casados e muito românticos”.19 A The New Church segue os ensinos de Emanuel Swedenborg, um cientista sueco, professor religioso e místico, que nasceu em 1688 e morreu em 1772.20
Swedenborg alegou haver mantido contato com anjos e espíritos que o ajudaram a elaborar os ensinos da New Church.21
Devido a sua relevância para o presente estudo, apresentam-se, a seguir, as palavras textuais do próprio Swedenborg:
Eu já vos demonstrei que há casamentos no
céu… Isto não é um assunto de opinião, mas de experiência, que eu tive
pela associação com anjos e espíritos…
As pessoas casadas geralmente se
encontram após a morte, reconhecem-se, unem-se e vivem juntas por um
período de tempo. Isto ocorre no primeiro estágio, quando eles vivem,
externamente, do modo como viveram no mundo. Mas gradualmente, à medida
que eles se livram das superficialidades e se aproximam do que eles
realmente são interiormente, eles descobrem a verdade sobre o seu amor e
sua atração, e se podem ou não viver como se fosse um. Se eles podem,
vivem como se fosse um, então eles permanecem casados, se não podem eles
se separam, algumas vezes o marido da esposa, noutras a esposa do
marido, e algumas vezes mutuamente, um do outro. O homem obtém
uma esposa apropriada, e do mesmo modo a esposa um marido adequado. Os
parceiros desfrutam do intercurso, um com o outro, da mesma maneira como
no mundo, apenas mais feliz e mais ricamente, embora sem gerar
filhos.22
Swedenborg também ensinou que os cônjuges
que têm um casamento feliz nesta vida continuarão a sua convivência no
mundo por vir, mas aqueles que falharam na união conjugal e ainda
desejam ter um casamento ideal encontrarão a sua alma gêmea. Segundo
Swedenborg, há casamentos que se efetivam por razões espirituais e
outros que se concretizam por razões não-espirituais. Entre as razões
não-espirituais encontram-se: motivos financeiros, status social,
atração física, etc. Ao contrário do ensino de Jesus, Swedenborg afirmou
que os anjos se casam e sua união é eterna. Isto ele declarou com base
em sua própria experiência no céu.23 Lee Woofenden, reverendo da New
Church, chega a dizer que embora reconheça não ter nenhum apoio nos
escritos de Emanuel Swedenborg, mas acredita que na vida
pós-ressurreição haverá casamento gay.24
Os mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias) têm uma crença diferente da interpretação
tradicional e da New Church, acima descrita. Eles não acreditam
que serão realizados casamentos no Céu. Ensinam que o casamento é uma
ordenança terrestre e deve ser concretizado aqui. Contudo, é possível
desfrutar uma vida conjugal no céu.25 De acordo com o ensino de Joseph
Smith, aquele casal que desejar continuar unido no céu deverá realizar,
aqui na terra, um “concerto eterno” selado pelo “Espírito Santo da
promessa”.26 A condição é que este “concerto” seja efetivado num templo
mórmon terrestre e que o casal seja fiel ao seu concerto com Deus.
Inicialmente este “concerto eterno” podia ser polígamo, mas esta
doutrina foi substituída 27 e o casamento celestial passou a ser
monogâmico, embora alguns mórmons, classificados como radicais, ainda
creiam e pratiquem a poligamia.28 Os mórmons acreditam que após a
ressurreição o casal voltará a ser uma só carne e permanecerá unido por
toda a eternidade,29 ou seja, os remidos terão um corpo carnal. Neste
aspecto, a doutrina mórmon diverge do ensino de Paulo, que disse que os
remidos não terão um “corpo natural”, mas um “corpo espiritual” (1Co
15:44).
O grupo religioso New Covenant Church of
God – B’rit Chadashah Assembly of Yahweh, originário da Suécia,
autodenominado de Cristãos Evangélico/Israelitas Messiânicos, tem
uma posição diferente das demais até agora estudadas. Acreditam que as
três passagens neotestamentárias de fato ensinam que não serão
realizados casamentos na vida pós-ressurreição, mas afirmam que “isto
não quer dizer que o casamento, como instituição, não ocorrerá”.30 A
crença que os distingue é que além das uniões monogâmicas, também haverá
uniões conjugais polígamas na vida pós-ressurreição.
A FICP [First International Christian
Polygamist] crê que todos os casamentos (monogâmicos e polígamos), como a
salvação, são pré-ordenados e que as nossas esposas eternas foram
escolhidas antes da vida nesta terra, numa condição pré-existente.
O nascimento nesta terra contém, necessariamente, o princípio da
separação, mas se nós estivermos na devida harmonia com o Ruach
(Espírito) nós iremos nos reunir novamente com as nossas esposas, e se,
porventura nós as perdermos nesta vida, nós nos reuniremos com elas na
próxima.31
Mesmo entre os adventistas do sétimo dia
têm surgido pessoas que apresentam pontos de vistas diferentes da
interpretação tradicional a respeito da vida pós-ressurreição. Como
exemplo menciona-se Samuele Bacchiocchi. Em sua obra The Marriage
Covenant, ele diz que não haverá casamentos na vida pós-ressurreição
para promoverem a procriação, mas que o relacionamento íntimo entre
marido e mulher continuará.32 Nesta mesma obra, ele apresenta uma
interpretação peculiar sobre o fato de nalgumas narrativas bíblicas
anjos aparecerem formando duplas:
A referência de Jesus a sermos “como os
anjos” (Mat. 22:30) na ressurreição não implica necessariamente na
cessação da função relacional do casamento. Em nenhum lugar as
Escrituras sugerem que os anjos são seres “unisex”, incapazes de se
envolverem em relacionamentos íntimos similares aos do matrimônio
humano. O fato de os anjos serem mencionados com freqüência na Bíblia em
pares (Gen. 19:1; Ex 25:18; 1Rs 6:23) sugere que eles podem desfrutar
relacionamentos íntimos como casais.33
Outro exemplo de interpretação adventista
heterodoxa é a publicação intitulada “Não é Bom que o Homem Esteja Só”,
assinada por Venícius Domingos. A publicação defende a noção de que
haverá casamento e procriação na nova terra. O autor utiliza tanto a
Bíblia quanto os escritos de Ellen G. White na tentativa de substanciar
seus argumentos a respeito do assunto. A seguir, apresenta-se uma
síntese do próprio autor:
1) Jesus virá para restaurar todas as coisas que com tanto amor criou e abençoou;
2) Nada do que fez se perderá;
3) Sua criação é sábia e perfeita, não havendo nada objetável;
4) O sexo, assim como as demais funções do organismo, funcionará normalmente em todos os sentidos;
5) O que o pecado deturpou será recuperado em todos os detalhes;
6) Homens, mulheres e crianças salvas
ressuscitarão na primeira ressurreição e a seguir homens, mulheres e
crianças salvas serão transformados e levados;
7) Todos serão, machos e fêmeas, conforme aquilo que Ele fez na criação;
8) Suas três instituições - o matrimônio,
o sábado e a alimentação – retomam ao seu lugar de origem e da forma
e desígnio para os quais foram instituídos; o sábado para descanso e o
matrimônio para a reprodução;
9) Todos viverão felizes, e habitarão a Terra em suas moradas;
10) A descendência dos salvos permanecerá
morando neste planeta, mas tão logo ele fique lotado com o número de
habitantes correspondentes por metro quadrado, metragem que o
Senhor determinará, eles ou seus descendentes “livres de mortalidade,
alçarão vôo incansável para os mundos distantes” (GC 683) – e lá
aprenderão da sabedoria de Deus e por lá permanecerão com suas famílias,
podendo voltar ao Planeta Terra quando quiserem para visitar seus
parentes e adorar no Templo de Deus (Is 66:23);
11) Deus não criou este planeta para que se tornasse um presídio para a raça;
12) Não seremos robotizados, assexuados,
androidizados como afirmam certos descrentes do plano inicial de
Deus. Seremos, juntos e com Cristo, seres humanos por toda a eternidade –
Macho e Fêmea como nos criou (Gn 5:1, 2). E viveremos para sempre
felizes no Novo Éden.34
Segundo o autor, a “restauração de
tudo”35 inclui a continuidade da ordem divina, transmitida no princípio,
“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra” (Gn
1:28).36 Consequentemente, conforme o autor, após a segunda vinda de
Cristo e a ressurreição, os remidos manterão relações sexuais e
procriarão.37 Em virtude disto, Deus repovoará o céu com a família
humana. 38 Quando os remidos retornarem para a Terra renovada, eles se
multiplicarão aqui até atingirem uma densidade populacional máxima
pré-estabelecida por Deus; ao ser atingido este número, os descendentes
dos remidos se deslocarão para outros planetas do universo a fim
de povoá-los mediante processos procriativos.39
Um outro argumento defendido pelo autor é
o que se refere à restauração do “matrimônio edênico”.40 O casamento da
nova terra será determinado pela estado civil dos salvos. Por
exemplo, os jovens solteiros “não escolherão seus pares, como aconteceu
aqui quando os homens abandonaram Deus”.41 Quanto aos salvos que se
casaram aqui na Terra antes da segunda vinda de Cristo, qual será a
condição deles? Permanecerão unidos na nova terra? De acordo com
Domingos,
há duas possibilidades. Alguns poderão continuar unidos, outros não. Dependerá da qualidade de união que tiveram na terra. Sob a ótica do autor, “o casamento terrestre” é “uma instituição falha” por isto “terá que ser eliminado”.42 Para ele, “os casamentos de hoje visam apenas interesses e desejos egoísticos”.43 Em sua avaliação, a maioria dos casamentos de cristãos encontra-se nesta categoria, por isto serão desfeitos quando Cristo voltar. Consequentemente, “milhões de mulheres subirão sem os seus maridos, assim como milhões de maridos subirão sem suas mulheres”.44 É aqui que entra a “imaginosa” solução de Domingos: eles não permanecerão sós como pessoas divorciadas, mas irão se casar novamente com outra pessoa do sexo oposto, embora seus primeiros cônjuges estejam vivos e no céu. O detalhe relevante é que a escolha do(a) novo(a) parceiro(a) conjugal será determinada pelo Senhor que “apresentará do jeito dEle, um ao outro e assim se formarão novos pares”.45 Por outro lado, é possível que alguns casais que se uniram aqui na terra permaneçam juntos, uma vez que o autor não descarta a “hipótese de que alguns casais tenham acertado, e que depois de alguns ‘reparos’ vivam bem na eternidade”.46
há duas possibilidades. Alguns poderão continuar unidos, outros não. Dependerá da qualidade de união que tiveram na terra. Sob a ótica do autor, “o casamento terrestre” é “uma instituição falha” por isto “terá que ser eliminado”.42 Para ele, “os casamentos de hoje visam apenas interesses e desejos egoísticos”.43 Em sua avaliação, a maioria dos casamentos de cristãos encontra-se nesta categoria, por isto serão desfeitos quando Cristo voltar. Consequentemente, “milhões de mulheres subirão sem os seus maridos, assim como milhões de maridos subirão sem suas mulheres”.44 É aqui que entra a “imaginosa” solução de Domingos: eles não permanecerão sós como pessoas divorciadas, mas irão se casar novamente com outra pessoa do sexo oposto, embora seus primeiros cônjuges estejam vivos e no céu. O detalhe relevante é que a escolha do(a) novo(a) parceiro(a) conjugal será determinada pelo Senhor que “apresentará do jeito dEle, um ao outro e assim se formarão novos pares”.45 Por outro lado, é possível que alguns casais que se uniram aqui na terra permaneçam juntos, uma vez que o autor não descarta a “hipótese de que alguns casais tenham acertado, e que depois de alguns ‘reparos’ vivam bem na eternidade”.46
Assim, a argumentação de Domingos
consiste no seguinte: o casamento, o sexo e a procriação foram dados por
Deus ao ser humano antes da entrada do pecado no mundo. Quando Cristo
voltar, Ele restaurará a Terra ao seu estado original, inclusive o
matrimônio, as relações sexuais e a geração de filhos. Depois que a
Terra renovada for plenamente repovoada, os descendentes dos remidos se
deslocarão para outros planetas a fim de colonizá-los
mediante procriação sexual. Ou seja, a doutrina de Domingos
fundamenta-se na premissa de que o sexo é um bem eterno e absoluto para
os seres humanos, seja pelo prazer que proporciona e pelos filhos que
disponibiliza. Se Deus privasse os salvos deste direito, conforme o
autor, equivaleria a dizer que Ele estaria sendo injusto.47
Em suma, as igrejas Católica, Luterana do
Sínodo de Missouri, Adventista do Sétimo Dia, Batista, dentre as
mencionadas, ensinam que o casamento, conseqüentemente as relações
sexuais e a procriação são atividades restritas a presente vida na
terra, mas não continuarão na vida pósressurreição. Em oposição a esta
concepção, os Mórmons, a The New Church que segue os ensinos de Emanuel
Swedenborg, o grupo religioso New Covenant Church of God – B’rit
Chadashah Assembly of Yahweh, os autores adventistas Samuele Bacchiocchi
e Venícius Domingos ensinam que haverá casamento, relações sexuais e
procriação na vida pós-ressurreição. A diferença por parte dos Mórmons é
que para desfrutar dos privilégios do casamento na nova terra é preciso
que se efetive na terra o casamento celestial, uma vez que lá não serão
ministradas novas uniões matrimoniais.
Após esta breve exposição das crenças de
algumas igrejas, grupos religiosos e alguns autores, será realizado um
estudo sobre a declaração de Cristo a respeito da vida pós-ressurreição.
Análise de Mt 22:23-33
A questão sobre casamento na nova terra
foi apresentada a Jesus pelos saduceus na terçafeira que antecedeu a
crucifixão.48 Este mesmo incidente também é narrado por Marcos e
Lucas (Mc 12:18-27; Lc 20:27-38), contudo neste estudo, seguir-se-á o
texto de Mateus:
Naquele dia, aproximaram-se dele alguns
saduceus, que dizem não haver ressurreição, e lhe perguntaram: Mestre,
Moisés disse: Se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão casará com a
viúva e suscitará descendência ao falecido. Ora, havia entre nós sete
irmãos. O primeiro, tendo casado, morreu e, não tendo descendência,
deixou sua
mulher a seu irmão; o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; depois de todos eles, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina (Mt 22:23-33).
mulher a seu irmão; o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; depois de todos eles, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos. Ouvindo isto, as multidões se maravilhavam da sua doutrina (Mt 22:23-33).
A perícope tem,49 entre a breve narrativa
introdutória (v. 23) e a narrativa que conclui a seção (v. 33), um
diálogo escolástico que consiste da questão apresentada pelos saduceus
(vv. 23-28) e a resposta de Jesus (vv. 29-32). Três partes compõem a
questão: a citação da lei do levirato (v. 24), a história da mulher e os
sete irmãos (vv. 25-27), a dúvida sobre a maneira pela qual a lei
do levirato se coaduna com o relato e com a doutrina da ressuscitarão
dos mortos (v. 28).
Semelhantemente, a resposta de Jesus se
divide em três partes. A primeira é uma censura retórica: os saduceus
nada compreendem das Escrituras e do poder de Deus (v. 29). A segunda
parte aborda a natureza da vida após a ressurreição e a conseqüente
inaplicabilidade da lei do levirato com base na transformação dos santos
à condição angélica (v. 30). E em terceiro, Jesus vai mais além ao
defender a Sua própria crença ao mesmo tempo em que ataca a dos seus
oponentes. Isto Ele faz mediante a interpretação de um verso da Tora
(vv. 31-32).50
Os Saduceus
Uma tradição rabínica menciona Zadoque,
um discípulo de Antígono de Soko, como pai dos saduceus. Possivelmente,
Zadoque tenha discordado do seu professor e negado a ressurreição dos
mortos, e assim fundado este partido. Epifânio, Em Heresias I, 14
informa que o nome deriva do hebraico tsadîq, “justos”.51
Os saduceus compunham o partido
aristocrático dos sacerdotes e dentre eles era em geral escolhido o sumo
sacerdote. 52 Surgiram após a revolta dos Macabeus, quando os
Hasmoneanos procuraram conquistar a liberdade dos sírios. Opunham-se aos
fariseus.53 Embora em menor número do que os fariseus, eles detinham
maior influência política, porque controlavam o sacerdócio. Seus
contatos com dominadores estrangeiros tendiam a reduzir sua devoção
religiosa, levando-os mais na direção da helenização. Quando o templo de
Jerusalém foi destruído em 70 d.C., os saduceus e seu partido
desapareceram.54
Os saduceus eram classificados como
conservadores por defenderem as doutrinas mais antigas e por
considerarem em alta conta o sistema sacrificial do templo. O principal
ponto de discordância com os fariseus referia-se à lei.55 Ao contrário
de fariseus e essênios, os saduceus nada deixaram registrado para a
posteridade. Como partido religioso, os saduceus se orgulhavam
da estrita interpretação da lei – os cinco livros de Moisés – que eles
reconheciam como os únicos inspirados.56
Segundo Flávio Josefo a “opinião dos
saduceus é que as almas morrem com os corpos; que a única coisa que nós
somos obrigados a fazer é observar a lei e é um ato de virtude não
querer exceder em sabedoria aos que no-la ensinam. Os desta seita são em
pequeno número, mas é
composta de pessoas da mais alta condição”. 57 Além disto, os saduceus “negam absolutamente o destino e crêem que, como Deus é incapaz de fazer o mal, Ele não se incomoda com o que os homens fazem. Dizem que não está em nós fazer o bem ou o mal, segundo nossa vontade nos leva a um ou outro e as almas, não são nem castigadas nem recompensadas num outro mundo”. 58 Assim, eles não acreditavam na imortalidade da alma nem no juízo futuro. Eles também negavam a existência dos anjos e de outros espíritos (At 23:8).59 A escatologia dos saduceus negava a crença na ressurreição dos mortos. 60 Os samaritanos, como os saduceus, rejeitavam a doutrina da ressurreição, porque ambos só reconheciam a inspiração do Pentateuco. Atribuíam a crença da ressurreição a uma herança da cultura persa, adicionada à tradição judaica, algum tempo depois de o Antigo Testamento ter sido escrito.61
composta de pessoas da mais alta condição”. 57 Além disto, os saduceus “negam absolutamente o destino e crêem que, como Deus é incapaz de fazer o mal, Ele não se incomoda com o que os homens fazem. Dizem que não está em nós fazer o bem ou o mal, segundo nossa vontade nos leva a um ou outro e as almas, não são nem castigadas nem recompensadas num outro mundo”. 58 Assim, eles não acreditavam na imortalidade da alma nem no juízo futuro. Eles também negavam a existência dos anjos e de outros espíritos (At 23:8).59 A escatologia dos saduceus negava a crença na ressurreição dos mortos. 60 Os samaritanos, como os saduceus, rejeitavam a doutrina da ressurreição, porque ambos só reconheciam a inspiração do Pentateuco. Atribuíam a crença da ressurreição a uma herança da cultura persa, adicionada à tradição judaica, algum tempo depois de o Antigo Testamento ter sido escrito.61
Narrativa e Questão
Naquele mesmo dia, a terça-feira que
antecedia a crucifixão, os fariseus já haviam abordado a Jesus a
respeito da questão do tributo. Estes, com base em Is 26:19 e Dn 12:2,
criam na renovação física, 62 e ensinavam que as funções conjugais, como
sexo e procriação seriam restauradas após a ressurreição.63 Por sua
vez, os saduceus discordavam deste ensino dos fariseus e, visto que
Jesus ensinava a ressurreição dos mortos, eles se aproximaram com uma
pergunta, que
segundo seu ponto de vista, exigiria uma resposta que logicamente indicaria ser o ensino da ressurreição um absurdo.64
segundo seu ponto de vista, exigiria uma resposta que logicamente indicaria ser o ensino da ressurreição um absurdo.64
Da mesma maneira como fariseus e
herodianos, os saduceus achegaram-se a Jesus utilizando uma expressão
que revelava um falso respeito, “Mestre”. 65 Logo depois,
resumidamente, relembram o conteúdo da lei do levirato (Dt 25:5, 6). A
lei prescrevia que se porventura irmãos morassem juntos e um deles
viesse a morrer, então a viúva deveria casar-se com o irmão do
falecido a fim de que este lhe suscitasse descendência, de modo que o
primeiro filho que lhe nascesse deveria ser considerado filho do irmão
falecido. 66 Esta não era uma lei peculiar dos israelitas, pois outros
povos da Antigüidade também a adotavam como os egípcios e persas. A lei
tinha por objetivo assegurar a manutenção da família e a não-alienação
da propriedade. A lei não era aplicada quando um homem deixasse filhas
(Nm 27:8), mas somente quando uma viúva ficasse sem
filhos. Posteriormente, os rabis estenderam a obrigação à mulher
prometida em casamento. 67 De qualquer maneira, a questão apresentada
pelos saduceus tinha base escriturística e legal, apenas não estava bem
esclarecido se era um fato real ou uma situação imaginária.68 De acordo
com Gundry, é possível que os saduceus tenham feito uma adaptação da
história relatada por Tobias a respeito de Sara que se casara
sucessivamente com sete maridos, e que foram mortos por um demônio
antes que ela consumasse cada casamento (Tb 3:8, 15; 6:13; 7:11).69 A
principal diferença entre as duas histórias é que no caso de Sara nenhum
dos seus casamentos fora consumado, pois cada marido fora morto pelo
demônio Asmodeu “antes que se tivessem unido a ela como esposos” (Tb
3:8), enquanto na história dos saduceus, todos os sete irmãos consumaram
o casamento com a mulher, mas sem terem filhos com ela. A história dos
saduceus parece ter um caráter lendário, mas, se o caso era real, e não
apenas uma elaboração da história de Tobias, há indícios de que os
saduceus foram influenciados por Tobias, talvez pelo número sete.
Contudo, deve-se destacar que os saduceus procuraram tornar o caso mais
do que hipotético mediante o emprego da expressão “entre nós”
(Mt 22:25).70
Após a narrativa, os saduceus concluem,
“Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque
todos a desposaram” (Mt 22:28). Tratava-se de uma indagação teológica
de caráter especulativo.71 Se Jesus não desse uma resposta satisfatória,
tal falha afetaria o elevado conceito que Ele desfrutava junto ao
povo. 72 Pela lógica dos saduceus, a situação da mulher apresentava um
problema insolúvel. Se houvesse ressurreição, eles presumiam, os
relacionamentos sociais continuariam da mesma maneira que na vida atual
com casamentos, relações sexuais, procriação, etc.73 Conforme a lei de
Moisés, raciocinaram, todos os sete irmãos 74 que tiveram vida sexual
ativa com a mulher, 75 mas não geraram filhos, 76 deveriam viver com ela
ao mesmo tempo.Embora a cultura judaica permitisse a prática da
poligamia, a união conjugal de uma mulher com mais de um homem estava
totalmente fora de cogitação.77 Por outro lado, se após a ressurreição a
mulher recebesse um dos sete maridos para com ele conviver, haveria uma
situação injusta para com os outros seis irmãos preteridos, afinal,
anteriormente todos haviam-na desposado legalmente, o que lhes
assegurava o direito de viver com ela. Assim, na lógica dos saduceus,
não existiria ressurreição porque esta contradiria os ensinos de Moisés e
do Pentateuco alusivos ao casamento.78
Os Saduceus Desconhecem as Escrituras
A resposta de Jesus à questão proposta
pelos saduceus foi: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de
Deus” (Mt 22:29). Além de “errar”, o verbo grego planao também tem
o sentido de “estar enganado”. 79 Na acepção clássica e helenística,
planao tinha o sentido de “fazer vaguear, fazer errar”. 80 Literalmente,
planao significa “levar para o mau caminho”. 81 O conteúdo do engano
está bem definido, este consistia em transferir para a vida futura as
mesmas condições da vida presente.82
Dizia-se que os saduceus se orgulhavam de
serem mais exímios estudantes das Escrituras do que os fariseus, mas
aqui Jesus assevera que a despeito de todo conhecimento alegado,
eles ignoravam a Palavra de Deus.83 A menção feita por Jesus às
“Escrituras” (Mt 22:29) seria normalmente entendida como uma referência
ao cânon de todo o Antigo Testamento, mas, possivelmente aqui Jesus Se
refira a ignorância dos saduceus quanto às suas próprias
Escrituras canônicas, isto é, aos cinco livros de Moisés. 84 Além do
mais, o próprio tempo do verbo utilizado por Cristo enfatiza o
desconhecimento dos saduceus: eidótes, que se encontra no particípio
perfeito, cuja melhor tradução seria, “não terdes conhecido e continuais
não conhecendo”.85
Se desejasse, Jesus poderia ter
respondido com base nas mesmas premissas dos saduceus, ou seja, que a
mulher de fato pertenceria ao primeiro irmão e que os outros estariam
apenas suscitando “a seu irmão nome em Israel” (Dt 25:7). Mas não, Jesus
discorre sobre os fundamentos da doutrina da ressurreição, que eles
desconheciam, 86 mas já estava presente nas palavras do Senhor a Moisés:
“ Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus
de Jacó” (Ex 3:6). 87
Os Saduceus Desconhecem o Poder de Deus
Não havia motivo para os saduceus
desconhecerem o poder de Deus, pois este lhes fora revelado no
Pentateuco. O poder de Deus, koach no hebraico, é descrito por Moisés em
seu cântico, após a passagem do povo de Israel pelo Mar Vermelho: “A
tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder…” (Êx 15:6). É bem verdade que
os saduceus só aceitavam o Pentateuco como canônico, mas a menção ao
poder de Deus revelado na criação pelos profetas não pode ser negada:
“Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande
poder e com o teu braço
estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jr 32:17; cf. Is 40:26; Jr 27:5).
estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jr 32:17; cf. Is 40:26; Jr 27:5).
A expressão “poder de Deus” obviamente se
aplica a habilidade divina de ressuscitar os mortos por ocasião da
segunda vinda de Cristo. 88 Por um lado, a ignorância dos saduceus não
lhes permitia ver que Deus era poderoso o suficiente para ressuscitar os
mortos, e por outro, para estabelecer uma nova organização na
sociedade. Sobretudo, porque os salvos viverão felizes na nova e
gloriosa ordem social, ainda que nesta presente vida terrena eles não
possam entender plenamente o que Deus lhes reserva para o futuro: “mas,
como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o
amam” (1Co 2:9). 89 Assim, por Sua resposta, Jesus revelou que o poder
de Deus será demonstrado pela transformação do relacionamento entre
homens e mulheres à semelhança da existência dos anjos.90
Esta perícope em estudo apresenta um jogo
de palavras interessante que amplia a compreensão sobre a atuação do
poder de Deus. O verbo grego que os saduceus utilizaram para
se referirem a “suscitar” descendência ao falecido é anisteemi, enquanto
a palavra grega empregada para ressurreição é anastasis.91 Como bem se
pode observar, a origem é a mesma. Há uma relevante implicação para o
estudo da perícope, uma vez que os saduceus entendiam que a
única maneira de perpetuação da vida é através das relações sexuais no
casamento, mas Jesus explicou que Deus pode perpetuar a vida, através da
ressurreição dos mortos.92
Após a Ressurreição não Haverá Casamento
Depois de Se referir ao engano dos
saduceus em não conhecerem as Escrituras e o poder de Deus, Jesus
acrescenta, “na ressurreição nem casam nem se dão em casamento” (Mt
22:30). Neste ponto do diálogo, Jesus ergue “o véu da vida futura” 93 e
passa a revelar fatos novos e desconhecidos até aquele presente momento.
A utilização da preposição grega én no começo do v. 30 tem
uma conotação teológica proeminente porque aponta para uma localidade
acima dos limites da terra.94 Embora a frase “nem casam nem se dão em
casamento” pareça transmitir uma noção de “reforço mútuo”, 95 na
verdade, o fato de o primeiro verbo estar conjugado na voz ativa e o
segundo na voz média, 96 revela um propósito bem definido. Aqui Jesus
opta por seguir de perto a maneira judaica tradicional de pensar e se
expressar. Ele usa a voz ativa (gamoûsin) para os homens e a voz
passiva (gamízontai) para a mulher.97 O emprego do tempo verbal no
presente tem outra implicação ainda mais impactante para a compreensão
da frase, pois se trata de um tempo presente com sentido futurístico,
que torna as condições da vida dos remidos tão certas de se cumprir no
porvir que podem ser consideradas como já em vigor.98
O fato novo na revelação de Jesus é que
após a ressurreição não mais haverá casamento. Para algumas pessoas isto
é inaceitável. Uma das razões apresentadas é que o casamento
foi instituído por Deus na semana da criação, não tendo, portanto,
nenhuma conotação pecaminosa, por isto, acreditam, haverá relações
conjugais na nova ordem social da vida futura.99
É necessário que se faça uma breve
revisão do ensino bíblico sobre o casamento. Pode-se dizer que a Bíblia
apresenta três fases do matrimônio. A primeira teve início no ato divino
da criação. É uma união monogâmica, permanente e
indissolúvel, 100 delimitada pela expressão “uma só carne” (Gn 2:24).
Nesta primeira fase, o casamento tinha dois propósitos básicos:
promover unidade através da satisfação sexual (Gn 2:24) e favorecer a
procriação (Gn 1:28).101 Após a entrada do pecado no mundo, foi
acrescido outro propósito: o casamento monogâmico deveria impedir
a impureza sexual (1Co 7:1, 2). A segunda fase é definida pela lei
mosaica que permitia o divórcio por iniciativa do marido, caso sua
esposa não fosse “agradável aos seus olhos”, podendo “lhe dar um termo
de divórcio” e, com isto, despedi-la “de casa” (Dt 24:1). Embora
estivesse na lei mosaica, este tipo de divórcio encontrava-se fora do
propósito original de Deus definido na criação. A terceira fase é
definida por Jesus em Seu diálogo com os fariseus sobre a permissão
mosaica do divórcio/repúdio. Em resposta a pergunta feita, Jesus
asseverou: “por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos
permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde
o princípio” (Mt 19:8).102 Cristo admitia a justificativa histórica da
lei mosaica do divórcio para uma determinada época, mas, também,
reconhecia que a ordem original fora desvirtuada pela corrupção do
coração humano. 103 Em Mt 19:4-6, Ele restaura o casamento ao plano
original da criação, ou seja, Ele confirma que a união conjugal é
monogâmica, permanente e indissolúvel.104 A terceira fase é a última,
porque o relacionamento conjugal entre duas pessoas do sexo oposto é um
estilo de vida do tempo presente que deixará de existir. A história do
casamento terminará quando Jesus voltar (Mt 22:30).105
Há outras passagens bíblicas que auxiliam
a ampliar a compreensão do ensino de Jesus sobre a extinção do
casamento após a ressurreição. Por exemplo, a abordagem que o apóstolo
Paulo faz sobre o casamento permite que se façam inferências relevantes.
O apóstolo reconhecia a legitimidade do casamento, bem como o mútuo
direito dos cônjuges à satisfação sexual (1Co 7:3-5). Sob a sua
perspectiva, o casamento monogâmico impedia a impureza sexual (1Co 7:2).
“Impureza” é a tradução do grego porneías. O estudo minucioso sobre a
abrangência das situações definidas por porneia, tanto na Septuaginta
como em o Novo Testamento, inclui relações sexuais com
mulheres solteiras, praticadas privadamente, ou em rituais religiosos;
adultério-prostituição de mulheres casadas, relações sexuais promíscuas
de homens em rituais pagãos, homossexualismo, adultério, relação sexual
incestuosa, relação sexual com prostituta 106 e sexo antes do
casamento.107 Neste mesmo capítulo, o apóstolo se dirige “aos solteiros e
viúvos” e lhes diz que “seria bom se permanecessem no estado em que
também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é
melhor casar do que viver abrasado” (1Co 7:8, 9).108 Assim, Paulo deixou
bem definido que as relações sexuais se restringem exclusivamente ao
casamento. É bom observar que “casar”, tradução do grego gameo, é o
mesmo verbo empregado por Cristo em Mt 22:30, “nem casam nem 109 A
principal implicação é que não havendo matrimônio na vida
pósressurreição, conseqüentemente não haverá nem relações sexuais nem
procriação.110
A Referência de Jesus aos Anjos
Outro fato novo na revelação de Jesus é
que após a ressurreição os remidos “são, porém, como os anjos no céu”
(Mt 22:30). Originalmente a palavra hebraica utilizada para anjo é
mal’ak, cujo correspondente em grego é angelos; em ambos os casos
significa mensageiro.111 É interessante observar que algumas vezes a
palavra mensageiro também se aplica a Cristo (Ex 23:20; Ml 3:1b;
At 7:35) e a alguns seres humanos, como o profeta Ageu (Ag 1:13) ou a um
sacerdote (Ml 2:7) sendo distinguidos pelo contexto em que aparecem.
112 Curiosamente a Septuaginta traduziu o hebraico Elohim por anjos em Sl 8:5, o que foi ratificado por Hb 2:7. No Antigo Testamento encontram-se outras expressões para descrevê-los como “assembléia dos santos” (Sl 89:5, 7) e “exércitos” (Is 6:3). O Novo Testamento apresenta expressões que se aplicam aos anjos como “milícia celestial” (Lc 2:13), “espíritos” (Hb 1:14), “potestades” (Cl 1:16), “poderes” (Rm 8:38), “principados” (Ef 6:12), “santos” (1Te 3:13), 113
etc.114
112 Curiosamente a Septuaginta traduziu o hebraico Elohim por anjos em Sl 8:5, o que foi ratificado por Hb 2:7. No Antigo Testamento encontram-se outras expressões para descrevê-los como “assembléia dos santos” (Sl 89:5, 7) e “exércitos” (Is 6:3). O Novo Testamento apresenta expressões que se aplicam aos anjos como “milícia celestial” (Lc 2:13), “espíritos” (Hb 1:14), “potestades” (Cl 1:16), “poderes” (Rm 8:38), “principados” (Ef 6:12), “santos” (1Te 3:13), 113
etc.114
A Bíblia declara que os anjos foram
criados em Sl 148:2, 5, “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas
as suas legiões celestes… Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele,
e foram criados”.115 Quanto a sua natureza, a Bíblia informa que os
anjos são “espíritos” (Hb 1:14) 116 e, que não se casam, 117 nem
procriam (Mt 22:30). 118 Em comparação aos seres humanos 119 e
demais seres de outros mundos 120 criados por Deus, eles são superiores
(Hb 2:7). Intelectualmente, também são superiores aos seres
humanos.121 Sobre o seu número, as Escrituras notificam que são
“milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5:11). Eles compõem
ordens como querubins, serafins, “anjos excelsos em poder” 122 e estão
organizados em “divisões” com “anjos categorizados à frente”, 123 sendo
que as responsabilidades mais elevadas são desempenhadas por
arcanjos.124 Os querubins são descritos com duas asas (2Cr 3:11,
12),125 os serafins com seis (Is 6:2).126 Satanás, era um “querubim da
guarda ungido” (Ez 28:14),127 por outro lado, os anjos que aceitaram os
seus sofismas pertenciam a ordem dos serafins.
128 Como mensageiros de Deus, os anjos partem “à semelhança de relâmpagos” (Ez 1:14), “tão deslumbrante é sua glória e tão célere o seu vôo”.129 Informações adicionais a respeito dos anjos são oferecidas por Ellen G. White em seus escritos. Por exemplo, o semblante dos anjos é suave e exprime felicidade, 130 são revestidos de uma “luz de deslumbrante brilho” 131 e têm uma estatura inferior a de Cristo. 132 De um modo geral, são invisíveis aos homens, 133 mas, por vezes, eles aparecem para as pessoas (Nm 22:31; 2Rs 6:17). Quando se tornam visíveis, normalmente eles assumem a aparência de homem (Gn 18:16, 22; 19:1, 5; Jz 13:6; Mc 16:5; Lc 24:4). Um “jovem de nobre aparência”,134 assim foi descrito o anjo que freqüentemente aparecia trazendo mensagens para Ellen White. Tanto a Bíblia quanto o Espírito de Profecia nada informam a respeito de que anjos tenham aparecido em forma feminina.135
128 Como mensageiros de Deus, os anjos partem “à semelhança de relâmpagos” (Ez 1:14), “tão deslumbrante é sua glória e tão célere o seu vôo”.129 Informações adicionais a respeito dos anjos são oferecidas por Ellen G. White em seus escritos. Por exemplo, o semblante dos anjos é suave e exprime felicidade, 130 são revestidos de uma “luz de deslumbrante brilho” 131 e têm uma estatura inferior a de Cristo. 132 De um modo geral, são invisíveis aos homens, 133 mas, por vezes, eles aparecem para as pessoas (Nm 22:31; 2Rs 6:17). Quando se tornam visíveis, normalmente eles assumem a aparência de homem (Gn 18:16, 22; 19:1, 5; Jz 13:6; Mc 16:5; Lc 24:4). Um “jovem de nobre aparência”,134 assim foi descrito o anjo que freqüentemente aparecia trazendo mensagens para Ellen White. Tanto a Bíblia quanto o Espírito de Profecia nada informam a respeito de que anjos tenham aparecido em forma feminina.135
O capítulo 12 de Apocalipse descreve o
conflito travado no céu entre Cristo, Seus anjos leais e Satanás e os
seus anjos. Antes da batalha decisiva, “quase a metade de todos os
anjos” 136 era simpatizante da causa do inimigo, contudo alguns deles
atenderam aos argumentos de Deus e voltaram a fazer parte das fileiras
do Senhor. Mas, quando Satanás foi expulso, um terço dos anjos que
tomaram posição ao seu lado teve que acompanhá-lo (Ap 12:4),137 de modo
que foi deixado um “vazio” no céu.138
Hb 1:7, 14 descreve os anjos bons como
“ministros”, grego lítourgos, que também tem o sentido de
servidores. 139 Tais como Deus, o Pai, e Jesus Cristo, os anjos vivem
para colocar em ação “a grande lei da vida [que] é a lei do serviço em
prol de outrem”.140 No céu, os anjos servem a Deus.141 Os querubins
estão relacionados com o trabalho no santuário celestial, 142 onde
guardam a lei de Deus. 143 Cristo está assentado entre querubins, 144 e
Deus habita entre querubins.145 Os
serafins também ministram no santuário celestial, onde se encontra o trono de Deus. 146 Querubins e serafins unem suas vozes em louvor a Deus no céu.147
serafins também ministram no santuário celestial, onde se encontra o trono de Deus. 146 Querubins e serafins unem suas vozes em louvor a Deus no céu.147
Juntamente com “anjos magníficos em
poder”, querubins e serafins cooperam para o bem “daqueles que hão de
herdar a salvação” (Hb 1:14). 148 Os anjos de Deus se fazem presentes
em “toda assembléia de negócio ou prazer, em toda reunião de
culto”, 149 e “observam cada palavra e ação dos seres humanos”. 150 Seu
ministério em favor dos filhos de Deus aqui na terra é bastante amplo,
eles são enviados para “confortar os tristes, proteger os que estão em
perigo, conquistar o coração dos homens para Cristo”. 151 Eles “nos
guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando
destruir”.152
Os anjos também se unem aos filhos de Deus aqui na terra para louvarem “a Deus e a Seu Filho”. 153 Sobretudo é muito bom saber que um “anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo”.154
Os anjos também se unem aos filhos de Deus aqui na terra para louvarem “a Deus e a Seu Filho”. 153 Sobretudo é muito bom saber que um “anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo”.154
A Referência de Jesus ao Céu
Céus é o correspondente português do
hebraico shamayim e do grego ouranós. Este termo na Bíblia descreve: (1)
o céu atmosférico, (2) o astronômico, ou céu estelar, e (3) a habitação
de Deus. O céu atmosférico é o espaço no qual os pássaros voam (Gn
1:20), de onde provem a chuva (Gn 7:11; Dt 11:11), e onde os ventos se
movimentam (Dn 8:8). No dia do juízo o céu atmosférico, juntamente com a
terra, será dissolvido no fogo (2Pe 3:10) e, depois, Deus criará novos
céus e nova terra (2Pe 3:13; Ap 21:1).155 O céu astronômico, ou estelar,
é o espaço no qual o sol, a lua e as estrelas têm a sua órbita (Gn
1:14, 16, 17; Is 13:10; Jl 2:30, 31; Mt 24:29).156
O lugar da habitação de Deus com
freqüência é representado como o céu (1Rs 8:30, 39; Sl 11:4; 53:2;
80:14; 102:19; 139:8; etc.). Diversas vezes Jesus Se referiu ao Pai como
estando no céu (Mt 5:16, 45, 48; 6:9). Cristo veio do céu para
concretizar a Sua encarnação (Jo 3:13, 31; 6:38) e ascendeu ao céu após a
Sua ressurreição (Hb 9:24). Ele descerá do céu em Sua segunda vinda,
e levará os remidos com Ele (Jo 14:1-3; 1Ts 4:13-18; 1Pe 1:4). O céu
será a habitação dos remidos até que eles herdem a nova terra no final
do milênio (Ap 21:1-7).157
O céu onde Deus habita é o lugar onde se
encontra o Seu trono (Mt 5:34, 23:22). Lá também está o Seu santuário
(Ap 11:19, 15:5; Hb 8:1). O céu também é o lugar da habitação dos anjos
(Mc 13:32; Mt 18:10; Hb 12:22), 158 de modo que a expressão “no céu”, em
Mt 22:30, deve ser entendida como “na presença de Deus”.159
A Natureza da Vida Após a Ressurreição
Logo após a queda de Adão e Eva, Deus
teve que por em ação o plano da redenção (Gn 3:15), 160 simbolizado pela
morte do cordeiro (Gn 3:21; 161 4:4 162), que apontava para Cristo, o
Salvador (Jo 1:29). Este mundo tornou-se o palco do conflito entre o bem
e o mal. Esta trama sinistra envolve vários figurantes: Deus, Seus
anjos leais, os seres humanos, Satanás e seus anjos caídos. O plano
divino da salvação foi ratificado pelo evento Cristo, ou seja, Sua
encarnação, vida, morte, ressurreição, ascensão e intercessão no
santuário celestial. Mas o plano ainda não foi concluído. Em cumprimento
a Sua promessa (Mt 24:29-30), Jesus voltará para dar vida eterna
aos Seus filhos fiéis (1Ts 4:13-18). Após a segunda vinda de Cristo, os
remidos ascenderão com Ele até o céu, para junto do Pai (Jo
14:1-3). 163 Lá permanecerão por mil anos (Ap 20:6). Uma de
suas atividades será a participação no julgamento dos ímpios, de Satanás
e seus anjos (Ap 20:4; 1Co 6:3). Terminados os mil anos, Satanás, o
autor do pecado, seus anjos e os ímpios serão mortos no lago de fogo e
enxofre (Ap 20:7-10).164 Depois disto, a nova Jerusalém, com Deus, os
anjos e os salvos é transferida do céu para esta terra renovada (Ap
21:1-3; Zc 14:1) e tem início a eternidade. 165
A princípio, parece difícil entender
porque não haverá casamento na vida pós-ressurreição, visto que não “é
nenhum pecado em si o comer e beber, ou casar-se e dar-se em
casamento”. 166 Afinal, se Deus desejasse, Ele poderia restaurar o
casamento, a gratificação sexual e a procriação na nova terra. Mas, não.
Jesus disse que após a ressurreição os salvos viverão da mesma
maneira como os anjos bons vivem. Por quê? Ele não apresentou razões
explícitas, mas disse sucintamente como será o estilo da nova vida:
semelhante ao dos anjos, sem casamento.
O fato de não restaurar o casamento,
aquilo que Ele próprio considera como bom, não compromete o caráter de
Deus. Naturalmente Ele é sábio o suficiente para determinar o que deve
e o que não deve continuar na nova ordem social. É verdade que o sábado,
como instituição divina estabelecida na criação, permanecerá na nova
terra (Is 66:23), mas o casamento não será restabelecido (Mt 22:30). De
modo algum se deve por em dúvida a justiça divina por causa da futura
retirada daquilo que hoje é considerado bom: o prazer sexual e a
procriação dentro dos limites sagrados do casamento. É preciso que se
descanse pela fé na soberania de um Deus que sempre sabe o que é melhor
para os Seus filhos.167 Mas a pergunta permanece: por quê? A
resposta poderá ser encontrada num estudo mais abrangente do tema nos
escritos do Espírito de Profecia.
O início do conflito entre o bem e o mal
ocorreu no céu. Antes de ser expulso, Satanás alegou que Deus não
poderia bani-lo juntamente com os anjos que simpatizavam com a sua
causa, pois tal iniciativa deixaria um “vazio no Céu”. 168 Contudo o
conflito se acirrou, de modo que Satanás e seus anjos tiveram que ser
excluídos do céu. 169 Algum tempo após este triste incidente, o Pai
consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito
de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim
de testar sua lealdade, antes que ele pudesse ser posto eternamente
fora de perigo. Se ele suportasse o teste com o qual Deus considerava
conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos.170
Além deste, havia um outro propósito:
Deus criou o homem para Sua própria
glória, para que depois de testada e provada, a família humana pudesse
tornar-se uma com a família celestial. Era o propósito de Deus repovoar o
Céu com a família humana, caso ela se demonstrasse obediente a
cada palavra divina. Adão deveria ser provado a fim de demonstrar se
seria obediente, tal como os anjos fiéis, ou desobediente.171
O segundo propósito de Deus com a criação
da raça humana estava intimamente ligado ao primeiro. Este consistia em
preencher o vazio que fora deixado pelos anjos que foram
expulsos, noutras palavras, “repovoar o céu”. Lastimavelmente Adão e Eva
foram reprovados no teste de fidelidade, mas no final da história deste
mundo, quando Jesus voltar e ressuscitar os justos e transformar os
justos vivos, o propósito original de Deus se concretizará:
Pelo poder de Seu amor, mediante
obediência, o homem caído, um verme do pó, deve ser transformado,
habilitado a ser um membro da família celestial, um companheiro através
das eras eternas de Deus e Cristo e dos santos anjos. O Céu triunfará
pois as vagas deixadas pelos anjos caídos de Satanás e seu exército
serão preenchidas pelos redimidos do Senhor.172
Esta seqüência de citações permite que se
façam algumas inferências relevantes para o presente estudo a respeito
da vida dos remidos após a ressurreição. A declaração de Jesus
“são, porém, como os anjos no céu” (Mt 22:30) revela que os seres
humanos resgatados do pecado serão promovidos na hierarquia da criação
divina. Originalmente o homem foi feito “um pouco, menor que os anjos”
(Hb 2:7). Segundo Ellen White, “O Senhor… havia dotado Adão com poderes
mentais superiores a qualquer outra criatura vivente que houvesse feito.
Suas faculdades mentais eram apenas um pouco menor do que as dos
anjos”.173 Contudo, a “obra da redenção envolve conseqüências das quais é
difícil ao homem ter qualquer concepção”,174 pois aquele que se
aproxima da cruz de Cristo e “prostrando-se ao pé da mesma, atraído pelo
poder de Cristo, dá-se uma nova criação”.175 Como conseqüência, os
remidos ocuparão uma posição “acima dos próprios anjos que jamais
caíram”. 176 Na vida pós-ressurreição os salvos compartilharão “a
dignidade e os privilégios dos anjos”, 177 tais como desfrutar
pessoalmente da presença de Deus, louvá-lO, servi-lO,
e voar, porque os remidos terão asas. Este fato foi relatado por Ellen White em sua primeira visão. Em uma das cenas ela viu “as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão”.178 Numa outra visão em que descrevia a destruição final dos ímpios, Ellen White viu “os santos usarem as suas asas e subiram ao alto do muro da cidade”.179 Outro elevado privilégio dos remidos será o de ter acesso a todos “os tesouros do universo” pois estes “estarão abertos ao estudo”.180 Isto será possível porque os remidos “alçarão vôo incansável para os mundos distantes”.181
e voar, porque os remidos terão asas. Este fato foi relatado por Ellen White em sua primeira visão. Em uma das cenas ela viu “as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão”.178 Numa outra visão em que descrevia a destruição final dos ímpios, Ellen White viu “os santos usarem as suas asas e subiram ao alto do muro da cidade”.179 Outro elevado privilégio dos remidos será o de ter acesso a todos “os tesouros do universo” pois estes “estarão abertos ao estudo”.180 Isto será possível porque os remidos “alçarão vôo incansável para os mundos distantes”.181
Ap 12:12 faz uma referência notável aos
redimidos, que por sua vez, está enraizada em Is 49:13 (cf. Ap 18:20; Dt
32:43; Is 44:23). O convite “Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que
neles habitais” é feito não aos anjos, mas àqueles que foram
aperfeiçoados, especialmente os mártires. É a eles que Deus convoca a
subirem ao céu, pois o próprio Deus estenderá sobre eles o
Seu tabernáculo, “Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e
donde vieram?… se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de
noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre
eles o seu tabernáculo” (Ap 7:13, 15).182 Deve-se dar uma atenção
especial à ligação entre céu e tabernáculo. Aqui céu, como a Nova
Jerusalém, é definido em termos de serviço perfeito prestado a Deus
pelos que foram aperfeiçoados. 183 Sim, além do privilégio de visitar
outros mundos para estudo, os remidos cumprirão uma missão de testemunho
aos “seres não caídos”.184 Em harmonia com Cristo que “não veio para
ser servido, mas para servir” (Mt 20:28), os remidos também hão de
servir no mundo vindouro como testemunhas da justiça de Deus ao tratar
com o mal,185 porque apenas os remidos, dentre todos os seres criados,
conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado;
trabalharam com Cristo e, conforme os mesmos anjos não o poderiam fazer,
associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho
quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não
caídos?…
Em nossa vida aqui, posto que terrestre e
restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se
encontram no serviço em favor de outrem. E no futuro estado, livres das
limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que
se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação –
testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) “as
riquezas da glória deste mistério, … que é Cristo em vós, esperança da
glória” (Cl 1:27). 186
Os Remidos não se Casarão nem Procriarão
As palavras “na ressurreição, nem casam,
nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (Mt 22:30),
constituem-se numa revelação especial de Jesus sobre o futuro
dos remidos. O céu é a esfera da existência dos anjos (Mt 18:10; Mc
12:25; 13:32; Ef 3:15; Ap 12:7),187 portanto, um nível diferente em
relação ao dos seres humanos. 188 A origem dos anjos no céu aponta para o
caráter de servidores divinos e a plena autoridade como mensageiros de
Deus. 189 Outras passagens das Escrituras confirmam que haverá uma nova
ordem na vida pós-ressurreição. Como exemplo menciona-se a declaração de
Jesus a respeito do reino de Deus, “Não vem o reino de Deus com visível
aparência” (Lc 17:20). 190 Por sua vez, Paulo disse que “o reino de
Deus não é comida nem bebida” (Rm 14:17).191 Em 1Co 15:50, Paulo afirmou
que “a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus”. Parece que
Mt 22:30 trata da mesma implicação de 1Co 15:50. 192 Por outro lado, a
declaração paulina de que os “alimentos são para o estômago, e o
estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá tanto estes como Aquele”
(1Co 6:13) permite inferir que os justos redimidos terão uma existência
de fato renovada como os anjos de Deus por ocasião da ressurreição do
corpo, sem a necessidade de utilizar alguns membros, sem contudo
renunciar ao corpo, que passará a ser um “corpo espiritual” (1Co
15:44).193
Em função de sua natureza espiritual (Hb
1:14), os anjos de Deus não se casam e nem procriam. Eles foram criados
por Deus para executarem a Sua vontade como mensageiros. Por sua vez, os
seres humanos foram criados por Deus para serem fecundos,
multiplicar-se, encher a terra, sujeitarem-na e dominar os animais (Gn
1:28). Diferentemente dos anjos, que são seres espirituais, o ser humano
foi feito do barro (Gn 2:7) e recebeu a incumbência de procriar-se,
através da instituição matrimonial (Gn 2:24). Em comparação aos anjos,
os homens são inferiores (Hb 2:7). Um dos propósitos divino em criar o
ser humano era de que este, após ser aprovado no teste, repovoasse o
céu, em lugar dos anjos que foram expulsos com Satanás. Este propósito
será alcançado após a ressurreição dos justos. Em si, este fato
significará uma promoção funcional para os justos redimidos, pois, de
acordo com a revelação de Cristo, eles serão “como os anjos no céu” (Mt
22:30). Deste modo, “como os anjos no céu” não significa que os remidos
se tornarão anjos, 194 mas que desfrutarão dos privilégios dos anjos,
como estar na presença de Deus, louvar a Sua Pessoa, receberem asas e,
principalmente, em cumprir uma missão especial, que será a
de testemunhar aos habitantes dos outros mundos que não pecaram sobre o
amor e a justiça de Deus. Assim, os justos redimidos, por serem levados
ao céu pelo Senhor, compartilharão da mesma condição dos anjos, onde não
é necessário o casamento nem a procriação, porque exercerão uma função
eminentemente superior as que realizavam na terra.
Em fim, os remidos não casarão e não se darão em casamento porque o Senhor também o revelou a Sua serva Ellen G. White:
Homens há hoje que expressam a crença de
que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; os que crêem nas
Escrituras, porém, não podem admitir tais doutrinas. A doutrina de que
nascerão filhos na Nova Terra não constitui parte da “firme palavra
da profecia”. (II Ped. 1:19.) As palavras de Cristo são demasiado claras
para serem malcompreendidas. Elas esclarecem de uma vez por todas a
questão dos casamentos e nascimentos na Nova Terra. Nenhum dos que forem
despertados da morte, nem dos que forem trasladados sem ver a morte,
casará ou será dado em casamento. Eles serão como os anjos de Deus,
membros da família real.195
Há uma outra declaração de Ellen G. White
que contribui para esclarecer a origem das crenças referentes a
casamento na nova terra. Em carta endereçada a determinado irmão
ela afirmou:
O inimigo ganha muito quando consegue
levar a imaginação de um dos escolhidos servos de Jeová a demorar o
pensamento nas possibilidades de associação, no mundo por vir, com uma
mulher a quem ama, e ali criar família. Não precisamos desses quadros
aprazíveis. Todos esses pontos de vista se originam da mente do
tentador.
Temos a clara afirmação de Cristo de que
no mundo vindouro os redimidos “não se casam, nem se dão em casamento.
Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de
Deus, sendo filhos da ressurreição”. Luc. 20:35 e 36.
Foi-me apresentado o fato de que as
fábulas espirituais estão levando cativos a muitos. Tua mente é sensual,
a menos que venha uma mudança, isso se demonstrará tua ruína. A todos
os que condescendem com fantasias profanas, desejo dizer: Parai por
amor de Cristo, parai exatamente onde estais. Estais em terreno
proibido. Arrependei-vos, eu vos rogo, e convertei-vos. Carta 231,
1903. 196
Deste modo pode-se perceber que os
ensinos relacionados com a realização de casamentos, relações sexuais,
procriação a terem lugar na nova terra têm sua origem e inspiração com
Satanás, o inimigo de Deus.
Como bem se pode constatar, não haverá
relacionamento conjugal na vida pósressurreição, no sentido de relações
íntimas e procriação. Por outro lado, haverá convivência familiar. Em
carta escrita a um irmão que perdera sua esposa e ficara só para cuidar
dos seus filhos, Ellen White afirmou:
Oraremos por vós e por vossos preciosos
pequeninos, para que possais, mediante paciente continuação em fazer o
bem, conservar vossa face e vossos passos sempre em direção do Céu.
Oraremos para que tenhais influência e êxito em guiar vossos pequenos,
a fim de que, com eles, possais alcançar a coroa da vida, e no lar lá de
cima, que agora está sendo preparado para nós, vós e vossa esposa e
filhos possais ser uma família reunida, feliz e jubilosa, para nunca
mais vos separardes. Com muito amor e simpatia. Carta 143,1903. 197
Jesus Interpreta Ex 3:6
Jesus encerrou Seu diálogo com os
saduceus através das palavras, “E, quanto à ressurreição dos mortos, não
tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos” (Mt
22:31, 32). Jesus demonstrou aos Seus interrogadores que eles
desconheciam a profundidade das Escrituras e o poder de Deus. Na verdade
o que lhes faltava era fé em Deus.198 Aqui, mais uma vez, Jesus emprega
o presente futurístico (“Eu sou…”, “Ele não é…”), o que torna a
ressurreição destas pessoas tão certa como a dos sete irmãos e da
mulher, isto é, tão certa como se já tivesse ocorrido. O argumento
de Jesus é uma obra de arte pelo fato de surpreendentemente inferir
daquela passagem o que ninguém antes fizera. A frase “quanto à
ressurreição dos mortos” inclui os patriarcas entre aqueles que
já estavam mortos. Portanto, a declaração de que Deus “não é Deus de
mortos, e sim de vivos” significa, aqueles que neste presente tempo
estão mortos viverão outra vez em virtude da ressurreição. 199 A
declaração de Jesus é também uma indicação de que o Deus de Israel
não esqueceu o Seu concerto com os patriarcas. Eles não passaram para a
esfera da não existência da morte. Ao contrário, a ressurreição prova
que Deus é o Deus dos vivos. Assim, os grandes patriarcas vivem para
Deus (Lc 20:38) e esperam a ressurreição no fim do tempo (cf. 1Co
15:51-55; 1Te 4:16, 17; Hb 11:39, 40).200
Conclusão
No princípio, Adão e Eva foram criados
para serem fecundos, multiplicar-se, encher a terra, sujeitarem-na;
dominar os animais, cultivar e guardar o jardim do Éden (Gn 1:28; 2:15).
O casamento, as relações sexuais e a procriação foram dons de Deus ao
homem que tinham por objetivo prover-lhe felicidade ao mesmo tempo
condições para cumprir a sua missão na terra. Os filhos e descendentes
atuariam como auxiliares no cumprimento da tarefa. Contudo a entrada
do pecado alterou a meta inicial de Deus para o homem e o mundo. A vinda
de Cristo a esta terra como uma criança, posteriormente Sua morte e
ressurreição asseguraram ao homem o direito a salvação eterna. Após Sua
segunda vinda, Cristo levará os justos vivos transformados e os
justos ressuscitados para estarem com Ele, inicialmente por mil anos no
céu e, depois, pelos anos da eternidade, nesta terra que será renovada.
Os salvos não casarão nem se darão em
casamento porque vivenciarão uma nova qualidade de existência. Eles
fruirão eternamente a presença e o companheirismo de Deus e Seus anjos.
Em cumprimento do propósito de Deus, os redimidos ocuparão o espaço
vazio deixado pelos anjos que foram expulsos do céu juntamente com seu
líder, Satanás. Por esta razão eles fruirão uma promoção especial entre
os seres criados por Deus. Viverão pelos séculos infindos da eternidade
em companhia dos anjos bons e de Deus. Que privilégio inaudito, enquanto
os demais seres dos mundos não caídos permanecem em seus ambientes
naturais, os redimidos da terra estarão para sempre junto ao trono de
Deus. Esta promoção também tem um caráter funcional, pois os
redimidos cumprirão uma missão peculiar no universo. Os mundos que não
se rebelaram contra Deus serão visitados pelos salvos, para que possam
ouvir o testemunho pessoal relativo à vitória sobre o pecado mediante os
méritos do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. Neste sentido, a
missão dos remidos será distinta da tarefa dos anjos, uma vez que eles
passaram pelo sofrimento provocado pelo pecado e saíram vencedores em
Cristo, algo que os anjos leais testemunharam, mas não vivenciaram
pessoalmente. Em virtude destas condições peculiares dos redimidos, isto
é, a vitória pessoal contra o pecado pelos méritos de Cristo, seu
companheirismo eterno com Deus e sua missão testemunhal no universo é
que os salvos, como os anjos, não precisam se casar e procriar. Esta
foi uma condição dos seres humanos quando estavam na terra para
cumprirem a missão de povoá-la e administrá-la. Na nova terra não terá
mais sentido.
À presumida irrespondível questão
proposta pelos saduceus, Jesus apresentou uma nova revelação concernente
ao estilo de vida pós-ressurreição: os redimidos desfrutarão de
uma existência imortal semelhante a dos anjos do céu que não se casam
nem procriam. Além disto, eles terão a habilidade do deslocamento rápido
dos anjos, pois também disporão de asas. Este é uma outra situação que
comprova o fato de que os salvos realmente foram promovidos a uma
nova condição de vida entre as criaturas de Deus.
Aqueles que rejeitam o ensino de Cristo
alusivo às condições de vida na nova terra cometem o mesmo engano dos
saduceus que desconheciam as verdades das Escrituras e o poder de Deus.
No caso dos adventistas do sétimo dia que postulam a noção de que haverá
casamento, relações sexuais e procriação na vida por vir, há um outro
fator lamentável que é o desconhecimento ou a recusa em aceitar os
claros ensinos do Espírito de Profecia sobre o tema. Mais complicador
ainda é o fato de que defender tais noções contrárias às Escrituras e ao
dom profético é promover ensinos que foram forjados pela mente de
Satanás, o arquiinimigo de Deus, ao longo do conflito entre o bem e o
mal.
Alguns não conseguem compreender porque
na nova ordem da vida pós-ressurreição não haverá casamento, relações
sexuais e procriação. Argumentam que aquilo que era bom e não
tinha relação com o pecado deveria continuar na eternidade. Pareceria
uma injustiça privar os salvos da intimidade do relacionamento conjugal.
Neste aspecto, trata-se de uma subestimação pueril do caráter e poder
de Deus. É bom lembrar as palavras do apóstolo Paulo, “Nem olhos viram,
nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam” (1Co 2:9). É preciso confiar,
Deus tem algo infinitamente melhor entesourado para os Seus filhos
redimidos do que casamento e sexo. Certamente os relacionamentos na vida
por vir serão mais íntimos do que no casamento e a comunicação mais
profunda do que o sexo.201
Artigo de Natanael B. P. Moraes,
professor de teologia no Unasp – Campus Engenheiro Coelho. publicado
originalmente na revista Parousia, Ano 4 – Nº 1, 1º Semestre de 2005, p.
89-110.
Referências
1 Salvo indicação contrária, todas as
referências neste artigo são da Versão de João Ferreira de Almeida
(ARA), (São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1991).
2 A. T. Robertson, Word Pictures in the
Greek New Testament em BibleWorks 4.0 (Big Fork, MT: Hermeneutika,
1999), Mc 12:25, 1CD-Rom.
3 Bernhard Lang, “No Sex in Heaven: the
Logic of Procriation, Death, and Eternal Life in the Judaeo-Christian
Tradition”, Alter Orient und Altes Testament (1985): 240.
4 2 Baruque 50:2, em The Old Testament Pseudepigrapha, James H. Charlesworth, ed. (Nova Iorque: Doubleday, 1983), 1:638.
5 Lang, 251.
6 Tomás de Aquino, Suma teológica. Suplemento, questões 1-68 (Caxias do Sul, RS: Livraria Sulina, 1980), 4734.
7 Catecismo da igreja católica (Petrópolis, RJ: Editora Vozes e São Paulo: Edições Loyola, 1993), 443.
8 Lang, 245.
9 2 Baruque 56:6, em The Old Testament Pseudepigrapha, 1:641.
10 Gilles Carton, “Comme des anges dans le ciel”, Bible et Vie Chrétienne 28 (1959): 49.
11 Lang, 238.
12 1 Enoque 15:6, 7, em The Old Testament Pseudepigrapha, James H. Charlesworth, ed., 2 vols. (Nova Iorque: Doubleday, 1983), 1:21.
13 Carton, 51.
9 2 Baruque 56:6, em The Old Testament Pseudepigrapha, 1:641.
10 Gilles Carton, “Comme des anges dans le ciel”, Bible et Vie Chrétienne 28 (1959): 49.
11 Lang, 238.
12 1 Enoque 15:6, 7, em The Old Testament Pseudepigrapha, James H. Charlesworth, ed., 2 vols. (Nova Iorque: Doubleday, 1983), 1:21.
13 Carton, 51.
14 Gregório de Nissa, On Virginity,
Introdução, The Ante-Nicene Fathers, eds., Alexander Roberts e James
Donaldson (Grand Rapids, MI: Eerdmans, s.d.), 5:543.
15 Cipriano, Tratado II:22, The
Ante-Nicene Fathers, eds., Alexander Roberts e James Donaldson (Grand
Rapids, MI: Eerdmans, 1965), 5:436. Gregório de Nissa, de modo
semelhante a Cipriano, afirmou, “a peculiaridade da natureza angélica é a
de que eles são estranhos ao casamento; portanto a bênção desta
promessa já foi alcançada por aquele que não apenas uniu sua própria
glória com a dos Santos, mas também pela sua vida imaculada passou a
imitar a pureza destes seres incorpóreos. Se a virgindade pode nos
conceder favores como esses, que palavras seriam apropriadas para
expressar tão grande maravilha?”. Gregório de Nissa, On Virginity
XIII (ANF, 5:360).
16 “Marriage in Heaven?”, pesquisa
realizada na internet, no
site http://www.lcms.org/pages/internal.asp?NavID=2739, no dia 18 de
janeiro de 2005.
17 “They neither marry” [Mt 22:30],
Seventh-day Adventist Bible Commentary (SDABC), ed. Francis D. Nichol
(Washington, D.C.: Review and Herald, 1978), 5:483. Este ensino
é confirmado por Madeline S. Johnston, “Will We Get Married in Heaven”,
Guide, 31 de dezembro de 1988, 14; Ken McFarland, “Heaven and Sex?”,
Signs of Times, maio de 1981, 13.
18 David Reagan, “Marriage in Heaven”,
pesquisa realizada na internet, no
site http://www.learnthebible.org/q_a_marriage_in_heaven.htm, no dia
2/2/2005. A expressão “marriage in heaven”, no site de pesquisa google,
realizada no dia 18/1/2005, apresentou um total de 6840 entradas ou
sites. A seguir apresentam-se outros exemplos de sites que ensinam que
a crença tradicional sobre a vida pós-ressurreição, Rich Deem, “Will
There be Marriage in Heaven?”, pesquisa realizada na internet, no
site http://www.godandscience.org/doctrine/marriageinheaven.html#06, no
dia 18/1/2005; Eric Johnson, “Mark 12:25 and Marriage in Heaven”,
pesquisa realizada n internet, no
site http://www.mrm.org/multimedia/text/marriage-in-heaven.html, no dia
18/1/2005.
19 Pesquisa realizada na internet, no site http://www.baltimorenewchurch.org/marr.htm, no dia 18/1/2005.
20 Pesquisa realizada na internet, no site http://www.encyclopedia.com/html/s/swedenbo.asp, no dia 21/01/2003.
21 Ibid.
22 Emanuel Swedenborg, “The Condition of Married Partners After Death”, pesquisa realizada na internet, no site http://www.egogahan.com/Spiritual%20Issues/Swedenborg-3-
LoveinMarriage.htm, no dia 18/1/2005.
22 Emanuel Swedenborg, “The Condition of Married Partners After Death”, pesquisa realizada na internet, no site http://www.egogahan.com/Spiritual%20Issues/Swedenborg-3-
LoveinMarriage.htm, no dia 18/1/2005.
23 Lee Woofenden, “Soulmates, Marriage in
Heaven”, pesquisa realizada no
site, http://www.egogahan.com/Soulmates.html, no dia 18/1/2005.
24 Ibid.
25 John Walsh, “Is there Eternal Marriage?”, pesquisa realizada no site, http://www.lightplanet.com/mormons/response/qa/eternal_marriage.htm, no dia 18/1/2005.
25 John Walsh, “Is there Eternal Marriage?”, pesquisa realizada no site, http://www.lightplanet.com/mormons/response/qa/eternal_marriage.htm, no dia 18/1/2005.
26 Joseph Smith, “The Doctrine and
Covenants”, Seção 132:19, pesquisa realizada na internet no site,
http://www.mormon.org/search/1,9643,1226-1,00.html#, no dia 20/01/2003.
27 A igreja mórmon abandonou oficialmente
a poligamia em 1890. Para maiores informações históricas sobre este
fato, ver o
site http://collections.ic.gc.ca/pasttopresent/settlement/aa_Charles_Ora_Card.html.
Pesquisa feita no dia 4/2/2005.
28 Pesquisa realizada na internet, no
site, http://www.nccg.org/fecpp/CPMFAQ094-Eternal.html, no dia
18/1/2005. Para maiores informações sobre mórmons radicais que
ainda praticam a poligamia, ver o
site, http://collections.ic.gc.ca/pasttopresent/settlement/aa_Charles_Ora_Card.html.
Pesquisa feita no dia 4/2/2005.
29 Walsh, http://www.lightplanet.com/mormons/response/qa/eternal_marriage.htm,
18/1/2005.
18/1/2005.
30 Stanislaw Królewiec, “Does the Bible
Say that Marriage Extends Beyond the Grave?”, pesquisa realizada na
internet, no site http://www.nccg.org/fecpp/CPMFAQ094-Eternal.html, no
dia 18/1/2005.
31 Ibid. Para maiores informações sobre
as crenças deste grupo religioso, ver o
site http://www.nccg.org/fecpp/index.html. Pesquisa feita no dia
18/1/2005.
32 Samuele Bacchiocchi, The Marriage Covenant (Berrien Springs, MI: Biblical Perspectives, 1994), 87.
33 Ibid., 88.
34 Venícius Domingos, “Não é Bom que o Homem Esteja Só”, 16. O estudo publicado pelo autor não fornece editora, local de publicação, tampouco data, por isto não foi possível fornecer estas informações bibliográficas. Segundo informações prestadas pelo pastor Érico Tadeu
Xavier através de ligação telefônica, o autor é membro da Igreja Adventista no Estado de Santa Catarina.
34 Venícius Domingos, “Não é Bom que o Homem Esteja Só”, 16. O estudo publicado pelo autor não fornece editora, local de publicação, tampouco data, por isto não foi possível fornecer estas informações bibliográficas. Segundo informações prestadas pelo pastor Érico Tadeu
Xavier através de ligação telefônica, o autor é membro da Igreja Adventista no Estado de Santa Catarina.
35 Ibid., 5.
36 Ibid., 7.
37 Ibid., 16.
36 Ibid., 7.
37 Ibid., 16.
38 Ibid. 14.
39 Ibid., 7. Como tentativa de comprovação de sua tese, na qual os remidos, após a segunda vinda de Cristo, procriarão e “colonizarão” outros planetas do universo, Domingos cita Gn 15:5; 22:17; 32:12; Ap 7:9, ibid., 5. Além destes textos bíblicos, ele também cita Ellen G. White para fundamentação de sua tese: Ellen G. White, O cuidado de Deus – Meditações matinais (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), 171; idem, Primeiros escritos (Casa Publicadora Brasileira, 1976), 19.
39 Ibid., 7. Como tentativa de comprovação de sua tese, na qual os remidos, após a segunda vinda de Cristo, procriarão e “colonizarão” outros planetas do universo, Domingos cita Gn 15:5; 22:17; 32:12; Ap 7:9, ibid., 5. Além destes textos bíblicos, ele também cita Ellen G. White para fundamentação de sua tese: Ellen G. White, O cuidado de Deus – Meditações matinais (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), 171; idem, Primeiros escritos (Casa Publicadora Brasileira, 1976), 19.
40 Ibid., 12.
41 Ibid., 13
42 Ibid.
43 Ibid., 12.
44 Ibid., 13.
45 Ibid.
46 Ibid., 12.
41 Ibid., 13
42 Ibid.
43 Ibid., 12.
44 Ibid., 13.
45 Ibid.
46 Ibid., 12.
47 Observe-se a declaração textual do
autor: “Caso Deus viesse a permitir que apenas os casais que hão de
subir casados assim permanecessem, estaria sendo injusto quanto a sua
[sic] própria regra já estabelecida, quando diz que não faz acepção de
pessoas (Dt 10:17). Os milhões de jovens que hão de subir que nunca
tiveram a chance de casar, as milhares de criancinhas que se salvarão,
os milhares de viúvos e viúvas que as guerras, as enfermidades se
encarregaram de gerar, seriam dessa forma descriminados [sic]”. Ibid.,
14.
48 ”The same day” [Mt 22:23], SDABC, 5:482.
49 Robert H. Gundry, Mark (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1992), 700.
49 Robert H. Gundry, Mark (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1992), 700.
50 W. D. Davies, e Dale Allison, Jr., C.,
A Critical and Exegetical Commentary on The Gospel According to Saint
Matthew, 3 vols., International Critical Commentary (Edinburg: T. e
T. Clark, 2000), 1:221.
51 Louis Goldberg, “Sadducees”, “Wycliffe
Bible Encyclopedia (WBE), eds., Charles F Pfeiffer, Howard F. Vos, John
Rea (Chicago: Moody Press, 1979), 2:1500.
52 Ellen G. White, O desejado de todas as nações (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1979), 578.
53 Ibid.
54 Robert H. Gundry, Panorama do Novo Testamento (São Paulo: Sociedade Edições Vida Nova, 2001), 55-56. Para maiores informações sobre o desaparecimento histórico dos saduceus, ver Victor Eppstein, “When and How the Sadducees Were Excommunicated”, Journal of Biblical Literature 85 (1966): 2:213-224.
53 Ibid.
54 Robert H. Gundry, Panorama do Novo Testamento (São Paulo: Sociedade Edições Vida Nova, 2001), 55-56. Para maiores informações sobre o desaparecimento histórico dos saduceus, ver Victor Eppstein, “When and How the Sadducees Were Excommunicated”, Journal of Biblical Literature 85 (1966): 2:213-224.
55 Goldberg, “Sadducees”, WBE, 2:1501.
56 Seventh-day Adventist Bible Dictionary (SDABD), ed. Siegfried H. Horn (Washington, D.C.: Review and Herald, 1960), ver “Sadducees”.
57 Flávio Josefo, História dos judeus (Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1990), 416.
56 Seventh-day Adventist Bible Dictionary (SDABD), ed. Siegfried H. Horn (Washington, D.C.: Review and Herald, 1960), ver “Sadducees”.
57 Flávio Josefo, História dos judeus (Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1990), 416.
58 Ibid., 556. Ellen G. White amplia este
quadro, dizendo: “Acreditavam em Deus como o único ser superior aos
homens; mas argumentavam que uma providência que tudo rege e
uma previsão divina privaria o homem da liberdade moral, degradando-o à
posição de um escravo. Era crença deles que, criando o homem, Deus o
deixou livre para dirigir sua própria vida e moldar os acontecimentos do
mundo; que o destino deles estava em suas próprias mãos”. Ellen G.
White, O desejado de todas as nações (Santo André, SP: Casa Publicadora
Brasileira, 1979), 579. Além disto, eles negavam “que o Espírito de Deus
opera por meio dos esforços humanos ou de meios naturais”. Ibid. A
soteriologia dos saduceus fundamentava-se na ação humana: “mantinham
a opinião de que, pelo devido emprego das faculdades naturais, podia o
homem elevar-se e esclarecer-se; que, por meio de rigorosas e austeras
exações, sua vida se podia purificar”.
59 É difícil entender como os saduceus
negavam a existência dos anjos, uma vez que os livros da lei os
mencionam (Gn 16:7-11; 28:12).
60 Goldberg, “Sadducees”, WBE, 2:1502.
Ver também o verbete “Sadducees”, SDABD; Gundry, 54; White, O desejado
de todas as nações, 578.
61 Leon Morris, The Gospel According to Matthew (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1992), 558.
62 D. A. Carson, “Matthew”, The
Expositor’s Bible Commentary (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1974),
8:460-461. Os saduceus não acreditavam na ressurreição (At 23:8).
63 Robertson, Word Pictures in the Greek New Testament, 1CD-Rom.
64 A. Lukyn Williams, St. Matthew, The Pulpit Commentary (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1977), 15:362.
65 Carson, 461.
64 A. Lukyn Williams, St. Matthew, The Pulpit Commentary (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1977), 15:362.
65 Carson, 461.
66 Para uma aplicação interessante da lei do levirato, ver Rt 4:1-8.
67 Williams, 362. Nos tempos modernos a lei é seguida pelos drusos e algumas tribos árabes. Ibid.
68 William Hendriksen, “Exposition of the Gospel According to Matthew”, New Testament Commentary (Grand Rapids, MI: Baker, 1975), 805.
67 Williams, 362. Nos tempos modernos a lei é seguida pelos drusos e algumas tribos árabes. Ibid.
68 William Hendriksen, “Exposition of the Gospel According to Matthew”, New Testament Commentary (Grand Rapids, MI: Baker, 1975), 805.
69 Gundry, Mark, 705.
70 Donald A. Hagner, Matthew 14-28, Word Biblical Commentary (WBC), em Nelson Eletronic Publishing Commentary (Dallas, TX: Word Books, 1995), Form/Structure/Setting, 1CDRom.
71 Como explica Ellen G. White, “Os saduceus arrazoavam que, se o corpo havia de compor-se, em seu estado imortal, das mesmas partículas de matéria que no estado mortal, então ao ressuscitar devia possuir carne e sangue, e reencetar no mundo eterno a vida interrompida aqui na Terra. Nesse caso, concluíam, as relações terrenas continuariam, marido e mulher estariam juntos, realizar-se-iam casamentos, e todas as coisas prosseguiriam da mesma maneira que antes da morte, sendo as fraquezas e paixões desta vida perpetuadas na vida por vir”. White, O desejado de todas as nações, 580.
70 Donald A. Hagner, Matthew 14-28, Word Biblical Commentary (WBC), em Nelson Eletronic Publishing Commentary (Dallas, TX: Word Books, 1995), Form/Structure/Setting, 1CDRom.
71 Como explica Ellen G. White, “Os saduceus arrazoavam que, se o corpo havia de compor-se, em seu estado imortal, das mesmas partículas de matéria que no estado mortal, então ao ressuscitar devia possuir carne e sangue, e reencetar no mundo eterno a vida interrompida aqui na Terra. Nesse caso, concluíam, as relações terrenas continuariam, marido e mulher estariam juntos, realizar-se-iam casamentos, e todas as coisas prosseguiriam da mesma maneira que antes da morte, sendo as fraquezas e paixões desta vida perpetuadas na vida por vir”. White, O desejado de todas as nações, 580.
72 “Whose wife?”, SDABC, 5:482.
73 Carson, 461.
73 Carson, 461.
74 Se porventura a mulher tivesse se
casado duas vezes, de acordo com os rabis, após a ressurreição ela
viveria com o primeiro marido. Williams, 363.
75 Hagner, Mt 22:24-28, WBC, em 1CD-Rom.
76 O texto paralelo de Lc 20:31 diz, “igualmente os sete não tiveram filhos e morreram”.
77 Gundry, Mark, 702.
78 Hagner, Mt 22:24-28, WBC, em 1CD-Rom.
79 The Analytical Greek Lexicon (AGL), (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1976), ver “plan´aw”.
80 Herbert Braun, “Planao”, Theological Dictionary of the New Testament (TDNT), ed. Gerhard Kittel (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1993), 6:229.
76 O texto paralelo de Lc 20:31 diz, “igualmente os sete não tiveram filhos e morreram”.
77 Gundry, Mark, 702.
78 Hagner, Mt 22:24-28, WBC, em 1CD-Rom.
79 The Analytical Greek Lexicon (AGL), (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1976), ver “plan´aw”.
80 Herbert Braun, “Planao”, Theological Dictionary of the New Testament (TDNT), ed. Gerhard Kittel (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1993), 6:229.
81 Ibid. Observe-se que em Mt 18:12 Jesus
utiliza planomenon, uma forma derivada de planao, para descrever a ação
da ovelha que se “extraviou”. “Do err”, SDABC, 5:482. Em Rm
1:27, pláne, “erro” (ARA) é descrito (Rm 1:21-23) como a atitudes
pecaminosas dos gentios. O autor da carta aos Hebreus adverte os seus
destinatários, lembrando-lhes a atitude dos seus “pais” (Hb 3:9) na
“tentação do deserto” (Hb 3:8): “… e viram… sempre erram no seu coração;
eles também não conheceram os meus caminhos” (Hb 3:10). O próprio autor
de Hebreus interpreta o “erro” dizendo que este consiste em ter
“perverso coração de incredulidade” que se afastava do “Deus vivo”.
Braun, ”Planao”, TDNT, 6:243.
82 Williams, 363. Ver Albright, e Mann, 273.
83 ”Not knowing the scriptures”, SDABC, 5:483.
83 ”Not knowing the scriptures”, SDABC, 5:483.
84 Hagner, Mt 22:29, WBC, em 1CD-Rom.
85 No grego, o particípio perfeito tem o
sentido de uma ação realizada no passado, mas que tem conseqüências no
presente. William D. Mounce, Basics of Biblical Greek (Grand Rapids,
MI: Zondervan, 1993), 272. Para ter uma melhor noção do particípio em
português, ver Domingos P. Cegalla, Novíssima gramática da língua
portuguesa (São Paulo: Editora Nacional, 1997), 199.
86 Sherman E. Johnson, “Exegesis of the Book of Matthew”, Interpreter’s Bible (IB), (Nova Iorque: Abingdon, 1951), 7:522.
87 Gundry, Mark, 702.
88 Hagner, Mt 22:29, WBC, em 1CD-Rom.
89 “Not knowing the scriptures”, SDABC, 5:483. A problemática dos saduceus a respeito do poder de Deus é sintetizada por Ellen G. White: “Os saduceus haviam-se lisonjeado de seguirem as Escrituras mais estritamente que todos. Os outros homens. Mas Jesus lhes mostrou que não lhe haviam compreendido o verdadeiro sentido. Esse conhecimento devia penetrar na alma, mediante a iluminação do Espírito Santo. Sua ignorância das Escrituras e do poder de Deus, declarou Ele ser a causa da confusão de sua fé e das trevas de sua mente. Estavam procurando por os mistérios de Deus no âmbito de seu limitado raciocínio. Cristo os chamou a abrir a mente às sagradas verdades que dilatariam e robusteceriam o entendimento. Milhares de criaturas se tornam incrédulas, porque sua mente finita não pode compreender os mistérios divinos. Não podem explicar a maravilhosa manifestação do poder divino em Suas providências, portanto rejeitam as demonstrações desse poder, atribuindo-o a agentes naturais que menos ainda podem compreender. A única chave para os mistérios que nos circundam, é reconhecer em todos eles a presença e o poder divinos. Os homens necessitam reconhecer a Deus como Criador do Universo. Alguém que tudo ordena e executa tudo. Necessitam de mais larga visão de Seu caráter, e do mistério de Suas instrumentalidades”. White, O desejado de todas as nações, 580-581.
88 Hagner, Mt 22:29, WBC, em 1CD-Rom.
89 “Not knowing the scriptures”, SDABC, 5:483. A problemática dos saduceus a respeito do poder de Deus é sintetizada por Ellen G. White: “Os saduceus haviam-se lisonjeado de seguirem as Escrituras mais estritamente que todos. Os outros homens. Mas Jesus lhes mostrou que não lhe haviam compreendido o verdadeiro sentido. Esse conhecimento devia penetrar na alma, mediante a iluminação do Espírito Santo. Sua ignorância das Escrituras e do poder de Deus, declarou Ele ser a causa da confusão de sua fé e das trevas de sua mente. Estavam procurando por os mistérios de Deus no âmbito de seu limitado raciocínio. Cristo os chamou a abrir a mente às sagradas verdades que dilatariam e robusteceriam o entendimento. Milhares de criaturas se tornam incrédulas, porque sua mente finita não pode compreender os mistérios divinos. Não podem explicar a maravilhosa manifestação do poder divino em Suas providências, portanto rejeitam as demonstrações desse poder, atribuindo-o a agentes naturais que menos ainda podem compreender. A única chave para os mistérios que nos circundam, é reconhecer em todos eles a presença e o poder divinos. Os homens necessitam reconhecer a Deus como Criador do Universo. Alguém que tudo ordena e executa tudo. Necessitam de mais larga visão de Seu caráter, e do mistério de Suas instrumentalidades”. White, O desejado de todas as nações, 580-581.
90 Daniel Patte, The Gospel According to Matthew (Philadelphia, PA: Fortress Press, 1986), 312. Ver, também Gundry, Mark, 702.
91 O verbo anisteemi é traduzido em o NT
por “levantar” (At 9:41), “suscitar descendência” (Mt 22:24) e
“ressuscitar” (Jo 6:39). O substantivo anastasis é traduzido em o NT por
“ressurreição” (Mt 22:23, 28, 30, etc.). Portanto, o verbo e o
substantivo grego têm o sentido de “levantar”, seja no sentido literal,
seja no sentido figurado de “levantar” descendência (procriar)
e “levantar dos mortos” (ressuscitar). AGL, ver anisthm, anastasij.
92 Morris, 560. Ver Patte, 312. O relato
paralelo de Mc 12:18-27 oferece uma construção um pouco diferente de
Mateus: “Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos, nem casarão,
nem se darão em casamento”. Pelo modo em que a frase está construída no
grego, Jesus Se refere diretamente à mulher e aos sete irmãos. Gundry,
Mark, 702.
93 White, O desejado de todas as nações, 580.
94 Albrecht Oepke, “Én”, TDNT, 2:537.
95 Hagner, Mt 22:30, WBC, em 1CD-Rom.
96 No texto grego encontra-se, oúte gamoûsin oúte gamízontai. Gamoûsin está na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ativo, enquanto gamízontai aparece na terceira pessoa do plural do presente do indicativo da voz média. Greek New Testament, BibleWorks, Mt 22:30, em 1 CD-Rom.
94 Albrecht Oepke, “Én”, TDNT, 2:537.
95 Hagner, Mt 22:30, WBC, em 1CD-Rom.
96 No texto grego encontra-se, oúte gamoûsin oúte gamízontai. Gamoûsin está na terceira pessoa do plural do presente do indicativo ativo, enquanto gamízontai aparece na terceira pessoa do plural do presente do indicativo da voz média. Greek New Testament, BibleWorks, Mt 22:30, em 1 CD-Rom.
97 Ethelbert Stauffer, “Gaméo”, TDNT, 1:651. Este dado é confirmado por Davies, e Allison, 1:227.
98 Gundry, Mark, 702. Ver, também Morris, 560.
99 Ver acima o estudo sobre os diferentes intérpretes que defendem a continuidade do casamento na vida futura após a ressurreição.
99 Ver acima o estudo sobre os diferentes intérpretes que defendem a continuidade do casamento na vida futura após a ressurreição.
100 Diversas passagens, nas Escrituras,
sustentam a identificação do casamento como um concerto permanente.
Dentre elas se destacam: Os 2:20; 13:5; 5:3-4; Is 54:5-8; Jr 3:20; 31:3,
4, 22, 31-33; Pv 2:17; Ez 16:8-14, 59, 60-63. Para uma discussão mais
abrangente sobre monogamia, permanência e indissolubilidade do
matrimônio, ver Natanael B. P. Moraes, Teologia e ética do sexo para
solteiros (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista,
2000), 18-27.
101 Para uma melhor compreensão dos dois propósitos do casamento, ver Moraes, 21-27.
102 Embora o estudo de Natanael Moraes
sobre Mt 19:3-6 tenha seu foco na pureza sexual pré-marital, ele também
fornece subsídios para o tema da indissolubilidade do vínculo
matrimonial. Ver Moraes, 36-39.
103 Stauffer, “Gameo”, TDNT, 1:649.
104 Ainda neste incidente com os
fariseus, Jesus deixou claro que a única exceção que permite o divórcio
são as “relações sexuais ilícitas” (Mt 19:9). “Relações sexuais
ilícitas” é a tradução do termo grego porneia. Para uma melhor noção
sobre as situações definidas por porneia, ver o estudo feito sobre a
palavra em Moraes, 39-41.
105 Stauffer, “Gameo”, TDNT, 1:651.
106 Moraes, 41.
107 Ibid., 33.
108 Grifo nosso.
109 Grifo nosso.
110 Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1991), 1232. Ver, também, Augustus H. Strong, Teologia sistemática (São Paulo: Teológica, 2002), 1:651; Gerhard Kittel, “Isángelos”, TDNT, 1:87.
107 Ibid., 33.
108 Grifo nosso.
109 Grifo nosso.
110 Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1991), 1232. Ver, também, Augustus H. Strong, Teologia sistemática (São Paulo: Teológica, 2002), 1:651; Gerhard Kittel, “Isángelos”, TDNT, 1:87.
111 J. Macartney Wilson, “Angel”, The
International Standard Bible Encyclopedia (ISBE), ed. Geoffrey H.
Bromiley (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1992), 1:124. Para uma noção
mais abrangente sobre os anjos, seu ministério, segundo a perspectiva
adventista, ver Walton J. Brown, Angels (Washington, DC: Review and
Herald, 1987).
112 Guy B. Funderburk, “Angel”, The
Zondervan Pictorial Encyclopedia of the Bible (ZPEB), ed. Merrill C.
Tenney (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1975), 1:160.
113 O verso completo de 1Te 3:13 diz, “a
fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de
culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus,
com todos os seus santos”. Em vez de “santos”, Mc 8:38 traz “anjos”,
“Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar
de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará
dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos”.
Muito provavelmente os “santos” de 1Te 3:13 se refiram aos anjos, mas
também poderia ser uma referência às pessoas que receberão a Cristo por
ocasião de Sua vinda (2Te 1:10). Contudo, diversas outras passagens
permitem que se conclua que “santos”, em 1Te 3:13, se refira realmente
aos anjos (2Te 1:7; Mc 13:27; Sl 89:5, 7). F. F. Bruce, 1Te 3:13, WBC,
em 1CD-Rom. Ver, também “Saints”, SDABC, 7:241.
114 Ver Wilson, “Angel”, ISBE, 1:124-127; Funderburk, “Angel”, ZPEB, 1:160; Erickson, 427, 438.
115 Cl 1:16 também deixa implícita a
criação dos anjos. Por sua vez, Ellen G. White deixa claro que os anjos
foram criados por Deus em Patriarcas e profetas (Santo André, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 1976), 14; História da redenção (Santo
André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1973), 13; Mensagens escolhidas
(Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1966), 1:247.
116 Outros textos deixam claro esta
realidade, por exemplo, os demônios (anjos caídos) são descritos como
“espíritos” em Mt 8:16; 12:45; Lc 7:21; 8:2; 11:26; At 19:12; Ap 16:14. O
próprio texto em estudo parece confirmar que os anjos são seres
espirituais, pois não se casam. Erickson, 438-439.
117 Ver Ellen G. White, Medicina e
salvação (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 99-100;
Wayne Grudem, Teologia sistemática (São Paulo: Vida Nova, 1999),
235, 326, 334 ref. 8; Lewis S. Chafer, Teologia sistemática (São Paulo:
Hagnos, 2003), 433.
118 Ver C. Fred Dickason, Angels
(Chicago: Moody Press, 1984), 34; Irwin H. Evans, Ministry of Angels
(Mountain View, CA: Pacific Press, 1915), 20; Erickson, 438.
119 Ver Ellen G. White, O grande conflito
(Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1975), 511; idem,
Testemunhos seletos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira,
1954), 1:298; idem, A verdade sobre os anjos (Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 2001), 48.
120 Idem, Patriarcas e profetas, 17-18.
121 Ibid., 34.
122 Idem, Parábolas de Jesus (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 176.
123 Idem, História da redenção, 17; Primeiros escritos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1976), 145.
121 Ibid., 34.
122 Idem, Parábolas de Jesus (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 176.
123 Idem, História da redenção, 17; Primeiros escritos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1976), 145.
124 Idem, Filhos e filhas de Deus (Tatuí,
SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), 295. A Bíblia faz várias
referências ao maior dos arcanjos, Miguel. Daniel o descreve como
“Miguel, um dos primeiros príncipes” (Dn 10:13; cf. Dn 10:21; 12:1).
Judas o menciona no contexto da ressurreição de Moisés (v. 9). O
apóstolo Paulo fala da voz do arcanjo que ressuscitará os que morreram
em Cristo (1Ts 4:16). Jesus declarou que os mortos ressurgirão pela voz
do Filho do Homem (Jo 5:28). Isto evidencia que Miguel, o arcanjo; ou
Miguel, o príncipe, é o próprio Jesus Cristo. Brown, 18.
125 White, História da redenção, 154.
126 Ver Theodor H. Gaster, “Angel”, The Interpreter’s Dictionary of the Bible (Nashville, TN: Abingdon Press, 1962), 1:131.
127 Idem, Patriarcas e profetas, 23.
128 Idem, O desejado de todas as nações, 731.
129 Idem, O grande conflito, 512; idem, Patriarcas e profetas, 512.
130 White, História da redenção, 13.
131 Idem, Atos dos apóstolos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977), 147; idem, Patriarcas e profetas, 29.
132 Idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 7:904; idem, O grande conflito, 643.
133 Idem, Atos dos apóstolos, 153.
134 Idem, A verdade sobre os anjos, 253.
135 Ver Erickson, 440.
136 White, História da redenção, 18.
126 Ver Theodor H. Gaster, “Angel”, The Interpreter’s Dictionary of the Bible (Nashville, TN: Abingdon Press, 1962), 1:131.
127 Idem, Patriarcas e profetas, 23.
128 Idem, O desejado de todas as nações, 731.
129 Idem, O grande conflito, 512; idem, Patriarcas e profetas, 512.
130 White, História da redenção, 13.
131 Idem, Atos dos apóstolos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977), 147; idem, Patriarcas e profetas, 29.
132 Idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 7:904; idem, O grande conflito, 643.
133 Idem, Atos dos apóstolos, 153.
134 Idem, A verdade sobre os anjos, 253.
135 Ver Erickson, 440.
136 White, História da redenção, 18.
137 Idem, Testemunhos seletos, 1:312.
138 Idem, História da redenção, 18.
139 O verbo grego litourgeo denota o serviço oficial público ou para o estado, sendo usado na Septuaginta para o serviço no templo e no cristianismo para o serviço de adoração na igreja.
Hermann W. Beyer, “Diakoneo”, TDNT, 2:81.
140 Ellen G. White, Educação (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1968), 103.
141 Idem, Atos dos apóstolos, 154.
142 Idem, História da redenção, 154.
143 Idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 2:1030.
144 Idem, Testemunhos seletos, 2:353.
145 Idem, Patriarcas e profetas, 788.
146 Ibid., 370. Ver também, idem, O grande conflito, 413.
147 Idem, O maior discurso de Cristo (Tatuí, SP; Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 104. Ver também, idem, Profetas e reis (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 313.
148 Idem, Atos dos apóstolos, 154.
149 Idem, Parábolas de Jesus, 176.
150 Ibid.
151 Idem, O desejado de todas as nações, 615
138 Idem, História da redenção, 18.
139 O verbo grego litourgeo denota o serviço oficial público ou para o estado, sendo usado na Septuaginta para o serviço no templo e no cristianismo para o serviço de adoração na igreja.
Hermann W. Beyer, “Diakoneo”, TDNT, 2:81.
140 Ellen G. White, Educação (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1968), 103.
141 Idem, Atos dos apóstolos, 154.
142 Idem, História da redenção, 154.
143 Idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 2:1030.
144 Idem, Testemunhos seletos, 2:353.
145 Idem, Patriarcas e profetas, 788.
146 Ibid., 370. Ver também, idem, O grande conflito, 413.
147 Idem, O maior discurso de Cristo (Tatuí, SP; Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 104. Ver também, idem, Profetas e reis (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d.), 313.
148 Idem, Atos dos apóstolos, 154.
149 Idem, Parábolas de Jesus, 176.
150 Ibid.
151 Idem, O desejado de todas as nações, 615
152 Idem, A ciência do bom viver (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1977), 253-254.
153 Idem, Atos dos apóstolos, 154.
154 Idem, O grande conflito, 512. Em Atos dos apóstolos, 154, Ellen White diz que “cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais”. Como ilustração do ministério dos anjos, Ellen White informa que eles “são enviados em missões de misericórdia aos filhos de Deus. A Abraão, com promessas de bênçãos; às portas de Sodoma, para livrar o justo Ló da condenação do fogo; a Elias, quando se achava a ponto de perecer de cansaço e fome no deserto; a Eliseu, com carros e cavalos de fogo, cercando a pequena cidade em que estava encerrado por seus adversários; a Daniel, enquanto buscava sabedoria divina na corte de um rei pagão, ou abandonado para se tornar presa dos leões; a Pedro, condenado à morte no calabouço de Herodes; aos prisioneiros em Filipos; a Paulo e seus companheiros na noite da tempestade no mar; a abrir a mente de Cornélio para receber o evangelho; a enviar Pedro com a mensagem da salvação ao desconhecido gentio - assim, em todos os tempos, têm os santos anjos ministrado ao povo de Deus”. Idem, O grande conflito, 512.
154 Idem, O grande conflito, 512. Em Atos dos apóstolos, 154, Ellen White diz que “cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais”. Como ilustração do ministério dos anjos, Ellen White informa que eles “são enviados em missões de misericórdia aos filhos de Deus. A Abraão, com promessas de bênçãos; às portas de Sodoma, para livrar o justo Ló da condenação do fogo; a Elias, quando se achava a ponto de perecer de cansaço e fome no deserto; a Eliseu, com carros e cavalos de fogo, cercando a pequena cidade em que estava encerrado por seus adversários; a Daniel, enquanto buscava sabedoria divina na corte de um rei pagão, ou abandonado para se tornar presa dos leões; a Pedro, condenado à morte no calabouço de Herodes; aos prisioneiros em Filipos; a Paulo e seus companheiros na noite da tempestade no mar; a abrir a mente de Cornélio para receber o evangelho; a enviar Pedro com a mensagem da salvação ao desconhecido gentio - assim, em todos os tempos, têm os santos anjos ministrado ao povo de Deus”. Idem, O grande conflito, 512.
155 SDABD, ver “Heaven”.
156 Ibid.
157 Ibid.
158 Helmut Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
159 Ibid.
160 Para uma abordagem mais abrangente sobre o tema, ver “I will put enmity”, “Between thy seed and her seed”, “It shall bruise thy head”, SDABC, 1:232-233.
156 Ibid.
157 Ibid.
158 Helmut Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
159 Ibid.
160 Para uma abordagem mais abrangente sobre o tema, ver “I will put enmity”, “Between thy seed and her seed”, “It shall bruise thy head”, SDABC, 1:232-233.
161 Ver “Coats of skins”, SDABC, 1:235-236.
162 Ver “The firstlings of his flock”, “Had respect”, SDABC, 1:239.
163 Para uma melhor noção sobre o ensino adventista do sétimo dia sobre a segunda vinda de Cristo, ver Nisto cremos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), 431-450.
162 Ver “The firstlings of his flock”, “Had respect”, SDABC, 1:239.
163 Para uma melhor noção sobre o ensino adventista do sétimo dia sobre a segunda vinda de Cristo, ver Nisto cremos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), 431-450.
164 Para maiores informações a respeito do ensino adventista sobre o milênio, ver Nisto cremos, 469-484.
165 O ensino adventista sobre a nova terra e a eternidade é encontrado em Nisto cremos, 485-498.
165 O ensino adventista sobre a nova terra e a eternidade é encontrado em Nisto cremos, 485-498.
166 Ellen G. White, O lar adventista, em
Obras de Ellen G. White (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1952),
121, em 1CD-Rom.
167 De acordo com Ellen G. White, “Fé é confiança em Deus – acreditar que Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós”. Obreiros evangélicos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1969), 259.
167 De acordo com Ellen G. White, “Fé é confiança em Deus – acreditar que Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós”. Obreiros evangélicos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1969), 259.
168 Idem, História da redenção, 18.
169 Ibid., 19.
170 Ibid. Grifo nosso.
171 Idem, A verdade sobre os anjos, 287. Grifo nosso. Ver também, idem, O cuidado de Deus – meditações matinais (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), 171.
172 Idem, A verdade sobre os anjos, 287; 49. Grifo nosso. Ver também, idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 7:949.
173 Idem, A verdade sobre os anjos, 48.
174 Idem, Parábolas de Jesus, 163.
169 Ibid., 19.
170 Ibid. Grifo nosso.
171 Idem, A verdade sobre os anjos, 287. Grifo nosso. Ver também, idem, O cuidado de Deus – meditações matinais (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), 171.
172 Idem, A verdade sobre os anjos, 287; 49. Grifo nosso. Ver também, idem, Ellen G. White Comments em SDABC, 7:949.
173 Idem, A verdade sobre os anjos, 48.
174 Idem, Parábolas de Jesus, 163.
175 Ibid.
176 Ibid. Ver também, idem, Testemunhos seletos, 2:336-337.
177 Idem, Caminho a Cristo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1994), 126.
178 Idem, Primeiros escritos, 19. Grifo nosso. Ver também, idem, Testimonies for the Church (Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1948), 1:69; idem, Mensagens
escolhidas, 2:260.
179 Idem, Primeiros escritos, 53. Grifo nosso.
180 Idem, O grande conflito, 674.
181 Ibid. Grifo nosso.
182 Grifo nosso.
183 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
184 White, Educação, 308.
185 Ibid., 307-308.
176 Ibid. Ver também, idem, Testemunhos seletos, 2:336-337.
177 Idem, Caminho a Cristo (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1994), 126.
178 Idem, Primeiros escritos, 19. Grifo nosso. Ver também, idem, Testimonies for the Church (Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association, 1948), 1:69; idem, Mensagens
escolhidas, 2:260.
179 Idem, Primeiros escritos, 53. Grifo nosso.
180 Idem, O grande conflito, 674.
181 Ibid. Grifo nosso.
182 Grifo nosso.
183 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
184 White, Educação, 308.
185 Ibid., 307-308.
186 Ibid., 308-309.
187 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
188 Evans, 20.
189 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533. Em várias partes, a Bíblia declara que eles vêm do céu e retornam a ele individualmente (Mt 28:2; Lc 22:43; Gl 1:8) ou em hostes (Lc 2:15). Ibid.
187 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533.
188 Evans, 20.
189 Traub, “Ouranós”, TDNT, 5:533. Em várias partes, a Bíblia declara que eles vêm do céu e retornam a ele individualmente (Mt 28:2; Lc 22:43; Gl 1:8) ou em hostes (Lc 2:15). Ibid.
190 Karl L. Schmidt, “Basiléia”, TDNT, 1:585-586.
191 Ibid., 586.
192 Erickson, 1198.
193 J. Horst, “Mélos”, TDNT, 4:561.
194 Evans, 21; Morris, 561.
191 Ibid., 586.
192 Erickson, 1198.
193 J. Horst, “Mélos”, TDNT, 4:561.
194 Evans, 21; Morris, 561.
195 White, Medicina e salvação, 99-100.
196 Ibid., 100-101.
196 Ibid., 100-101.
197 Idem, Mensagens escolhidas, 2:262-263.
198 Williams, 363.
199 Gundry, Mark, 703.
200 George R. Knight, Matthew – The Abundant Life Bible Amplifier (Boise, ID: Pacific Press Publishing Association, 1994), 225.
198 Williams, 363.
199 Gundry, Mark, 703.
200 George R. Knight, Matthew – The Abundant Life Bible Amplifier (Boise, ID: Pacific Press Publishing Association, 1994), 225.
201 McFarland, 13.
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